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Derrota da social-democracia

Eleições legislativas determinam guinada à direita na Dinamarca

Uma coalizão de direita deverá assumir o governo da Dinamarca depois do resultado das eleições legislativas realizadas na quinta-feira (18). O líder da oposição e presidente do Partido Liberal, Lars Løkke Rasmussen, propôs formar um novo governo, mas vai depender de apoios de outras legendas conservadoras, principalmente do radical Partido Popular Dinamarquês, que obteve 21,1% dos votos, seu melhor resultado eleitoral.

Lars Lokke Rasmussen, o grande vencedor do pleito.
Lars Lokke Rasmussen, o grande vencedor do pleito. REUTERS/Claus Bech/Scanpix Denmark
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Considerado xenófobo e anti-europeu o Partido Popular Dinamarquês chegou apenas atrás dos sociais-democratas, mas à frente do partido de direita Venstre.

No total, o bloco reunindo vários partidos conservadores conquistou 90 cadeiras contra 85 dos de centro esquerda, o que representou uma derrota para a atual primeira-ministra social-democrata, Helle Thorning-Schmidt.

Imigração definiu pleito

Apesar do sucesso nas urnas, o Partido do Povo Dinamarquês não tem garantias de fazer parte do governo, apesar de seu presidente, Kristian Thulesen Dahl, dizer estar pronto para entrar no futuro gabinete.

O partido diverge de outras legendas de direita sobre questões relacionadas à União Europeia, despesas públicas e benefícios sociais. Mas foi o discurso forte contra a imigração que seduziu os eleitores.

A primeira-ministra Helle Thorning-Schmidt fez campanha dizendo que o governo tinha endurecido pela primeira vez em 12 anos as regras para os imigrantes que pedem direito de asilo. Ela apostava na retomada econômica, mas saiu derrotada e já renunciou à liderança dos liberais democratas.

 

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