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UE/Imigração

Plano europeu sobre imigração propõe cotas para acolher migrantes

A Comissão Europeia revelou nesta quarta-feira (13) o plano do bloco sobre a imigração. A proposta foi apresentada em Bruxelas pelo presidente da Comissão, Jean-Claude Juncker, e já recebe críticas. O projeto, que propõe entre outras coisas cotas para acolher migrantes em todos os países do bloco, foi elaborado após as duras críticas contra a inércia da União Europeia diante do drama dos clandestinos no Mar Mediterrâneo.

Presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.
Presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker. AFP PHOTO / JOHN THYS
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Em 2014, 219.000 migrantes conseguiram atravessar o mar e desembarcar no continente europeu, principalmente na costa italiana. No mesmo período, 3.500 pessoas morreram afogadas no Mediterrâneo. No último 18 de abril, um naufrágio que matou mais de 800 clandestinos chocou o mundo e aumentou a pressão sobre a União Europeia.

Para enfrentar corretamente a contínua onda de imigrantes, Bruxelas propõe quatro eixos de ação: uma política comum de asilo, a luta contra a rede de tráfico de seres humanos, a gestão das fronteiras externas e uma nova política em matéria de migração legal.

Concretamente, o plano visa evitar o embarque dos clandestinos em território africano, inclusive com a destruição dos barcos precários utilizados pelos atravessadores. Para isso, o bloco pediu na última segunda-feira (11) a autorização do Conselho de Segurança da ONU para agir militarmente fora de suas fronteiras. Os europeus também querem reforçar o socorro os migrantes durante a travessia e organização da acolhida deles. Uma das ideias é reforçar a solidariedade entre os membros do bloco ao impor cotas para receber migrantes a cada país da União Europeia.

Críticas

Alguns integrantes da União Europeia já rejeitaram a proposta da Comissão de Bruxelas. A Grã-Bretanha, por exemplo, é a favor de enviar de volta para seus países os clandestinos que tentam chegar à Europa pelo Mediterrâneo. A Hungria também é contra o sistema de cotas.

Depois de discutido pelos ministros do Interior, o plano europeu sobre imigração será votado na cúpula dos dirigentes do bloco, em 30 de junho. Vários especialistas prevêem que a proposta será rechaçada, como aconteceu em 2013 com o plano de ação elaborado após um trágico naufrágio na ilha italiana de Lampedusa.
 

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