Atentado contra evento sobre Islã deixa um morto em Copenhague
Um civil, ainda não identificado, foi morto em um tiroteio contra um prédio que sediava um debate sobre islamismo e liberdade de expressão, neste sábado (14), em Copenhague. Três policiais que protegiam o local ficaram feridos. O chargista sueco, autor de uma polêmica charge de Maomé, e o embaixador da França na Dinamarca participavam do evento. Paris denunciou “um ataque terrorista”.
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O embaixador francês, François Zimeray, e o chargista sueco, Lars Vilks, saíram são e salvos do tiroteio. Eles participavam do debate, quando o prédio onde o evento acontecia em Copenhague foi alvo de dezenas de tiros. Os dois homens suspeitos do ataque conseguiram fugir em um carro e estão sendo procurados pela polícia. O carro, abandonado pelos suspeitos, já foi encontrado.
Lars Vilks é autor de uma polêmica charge mostrando o profeta Maomé como um cachorro. O desenho foi publicado em 2007. Desde então, o chargista é ameaçado por grupos radicais islâmicos e está sob proteção policial. O ataque acontece pouco mais de um mês após o atentado contra o jornal Charlie Hebdo, em Paris, e confirma o alto risco de ataques jihadistas na Europa.
França condena um atentado terrorista
A França foi o primeiro país a reagir ao ataque em Copenhague. O ministro das Relações Exteriores, Laurent Fabius, “condenou com firmeza o atentado que visou uma reunião pública que contava com a participação do embaixador francês na Dinamarca”.
O presidente François Hollande divulgou um comunicado manifestando a solidariedade da França à primeira-ministra dinamarquesa, Helle Thoring-Schmidt, que foi uma das líderes mundiais a participar da marcha republicana de 11 de janeiro, após os atentados de Paris. Hollande anunciou que o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, irá rapidamente a Copenhague.
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