Merkel deve ser reeleita com folga para presidência de seu partido
Nesta terça-feira, os democrata-cristãos da chanceler Angela Merkel inauguram um congresso nacional de dois dias, realizado na cidade de Colônia. Nele, deverão reeleger, por grande maioria, a chefe de governo alemã como presidente do partido por mais dois anos, cargo que ela ocupa desde o ano 2000.
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Márcio Damasceno, correspondente da RFI Brasil em Berlim
Nestes 14 anos à frente da agremiação e, especialmente desde que chegou ao poder na Alemanha, nove anos atrás, Merkel vem modelando seu partido à sua imagem e semelhança. Os rivais da chefe de governo dentro da legenda foram, um a um, sendo jogados para escanteio ou abandonaram a política. Hoje, Merkel domesticou os conservadores a tal ponto que a maior reclamação é que falta espaço para novas gerações e para a formação de novas lideranças.
Como nos últimos anos, essa convenção da União Democrata-Cristã deve ser um show de Merkel, realizado um ano depois que ela foi reeleita chanceler. Na última convenção, em 2012, a líder alemã foi reeleita presidente com invejáveis 97% dos votos.
Dessa vez, não deve ser diferente. No campo interno, a chanceler não enfrenta problemas. Nas pesquisas de opinião, ela tem mais de 60% de popularidade, muito a frente de qualquer outro político alemão. Seu partido tem cerca de 40% da preferência do eleitorado, enquanto os sociais-democratas, maiores rivais e, ao mesmo tempo, atuais parceiros de coalizão de governo, não passam dos 25%.
No plano internacional, Merkel continua como uma das personalidades mais influentes do mundo, tanto no âmbito da União Europeia, onde praticamente tem voz de comando, quanto nos conflitos internacionais. Um destaque é o papel de Angela Merkel na atual crise da Ucrânia, na qual é quase a única interlocutora do presidente russo, Vladimir Putin.
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