Europa amplia lista de sancionados por envolvimento na crise ucraniana
Hoje, a Europa decidiu aumentar sua lista de pessoas sancionadas por envolvimento no conflito no leste da Ucrânia. Reunidos em Bruxelas, os ministros europeus das Relações Exteriores, pediram que o serviço diplomático da União Europeia "adicione novas inscrições", visando separatistas. Uma decisão deve ser tomada até o fim do mês e a nova lista não deve incluir dirigentes russos.
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Por enquanto, 119 pessoas, entre separatistas e russos, estão com seus bens congelados e vistos revogados para entrar na União Europeia. Mas, para Kiev, é preciso medidas fortes, que mandem um recado claro para os russos de que qualquer ingerência na Ucrânia terá consequências pesadas.
"As sanções não são um objetivo em si", delcarou a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini. "Elas podem ser um instrumento de pressão, se elas vierem com outras soluções. É preciso manter a pressão, mas também dialogar (com o presidente russo, Vladimir Putin), por mais difícil que isso seja", afirmou.
Cessar-fogo
À margem do encontro, o chanceler ucraniano, Pavlo Klimkin disse esperar o agendamento de uma reunião de alto nível entre Kiev e Moscou para fazer valer o cessar-fogo acordado em Minsk, em setembro. Há algumas semanas, os combates dobraram de intensidade no leste separatista e o governo da Ucrânia acusa os russos de enviar tropas e material militar aos rebeldes, uma suspeita confirmada pela Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e pela OSCE (Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa).
Moscou nega essas acusações. Para a diplomacia russa, elas não passam de "divagações", que atiçam um "sentimento antirrusso". Em comunicado emitido na tarde desta segunda-feira (17), o ministério russo das Relações Exteriores disse que "infelizmente, a Aliança não procura falar de maneira construtiva de problemas graves e prefere estimular a 'russofobia' para justificar o aumento da presença militar da Otan perto das fronteiras do país". De acordo com o Kremlin, essa atitude "cria riscos sérios para a segurança em toda a região euroatlântica".
Aumento da tensão
Como se o contexto já não fosse suficientemente tenso, os chanceleres dos 28 membros da União Europeia se reuniram no dia seguinte de uma cúpula do G20, na qual os ocidentais criticaram duramente a decisão de Vladimir Putin de expulsar vários diplomatas poloneses, além de um alemão, por suspeita de espionagem. Varsóvia anunciou que dará uma resposta equivalente.
Enquanto isso na Ucrânia, o exército denunciou que rebeldes e tropas russas se prepararam para lançar uma ofensiva e o presidente Petro Porochenko se disse preparado para um cenário de guerra total. Nas últimas 24 horas, seis soldados e três policiais ucranianos morreram em confronto com rebeldes no leste do país.
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