Rússia pode fornecer três vacinas contra Ebola em até seis meses, diz ministra da Saúde
A Rússia pode fornecer três vacinas contra o vírus do Ebola em seis meses, afirmou neste sábado (11) a ministra russa da Saúde, Veronika Skvortsova. “Uma já está pronta para um teste clínico”, disse. Ela também informou que uma das vacinas foi criada a partir de uma cepa inativa do vírus.
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“Criamos três vacinas e acreditamos que estarão prontas nos próximos seis meses”, indicou a ministra russa à televisão Rossiya 1. A epidemia de Ebola já deixou mais de quatro mil mortos, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Em sete países, há 8.399 afetados pelo Ebola.
O desenvolvimento de remédios antivirais experimentais segue crescendo: a OMS dispõe de duas vacinas promissoras, uma desenvolvida pela empresa britânica GSK (GlaxoSmithKline), e a outra pela agência de saúde pública do Canadá. Testes clínicos da vacina da empresa GSK começaram recentemente no Mali, país africano que faz fronteira com a Guiné, um dos países mais afetados pelo vírus, junto com a Libéria e Serra Leoa.
A OMS espera os primeiros resultados sobre estas duas vacinas em novembro e dezembro, e o início dos testes de fase dois (que permitem avaliar a eficácia da vacina) nos países afetados a partir de janeiro. Não existe por enquanto nenhuma vacina ou tratamento comprovado para combater o vírus.
Embargo econômico
O ministro das Finanças de Serra Leoa, Kaifala Marah, lamentou que a crise do Ebola esteja produzindo os mesmos efeitos que um embargo econômico sobre os países afetados pela epidemia, ao isola-los do cenário mundial, asfixiando as economias locais.
"Por ação ou omissão, realmente é um embargo econômico - gostando ou não, é a realidade", disse Marah, que está em Washington para reuniões do FMI e do Banco Mundial. Segundo o ministro, a epidemia afeta vários setores da economia, como construção, mineração e o transporte aéreo. "Todos estão fugindo do Ebola", acrescentou.
O Banco Mundial calcula que a epidemia pode custar mais de 32 bilhões de dólares na África Ocidental até 2015.
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