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Espanha/ festa

Milhares de turistas participam de “guerra de tomates” na Espanha

Visitantes do mundo inteiro invadiram nesta quarta-feira (27) a cidade de Buñol, na Espanha, para participar da maior guerra de tomates do planeta. A Tomatina acontece todos os anos desde 1945, pintando a cidade e os turistas de vermelho.

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A festa começa com a chegada dos caminhões trazendo 125 toneladas de tomates maduros, que alimentam a batalha durante mais de uma hora. Para tentar “sobreviver” por mais tempo, os participantes vão para o evento equipados com óculos de mergulho. Mas quanto às roupas, não há solução: ao final da longa imersão em molho de tomate, as vestimentas se transformam em panos de chão.

“Parece uma loucura! É como uma chuva de tomates”, comentava Jéssica Sims, turista americana de 27 anos, à agência AFP. “No início, dá um certo medo porque temos a impressão de que se cairmos no chão ao tentar pegar um tomate, não conseguiremos mais levantar.”

Os habitantes de Buñol também não ficam de fora. A cidade se situa a 40 quilômetros de Valência e ficou famosa no mundo inteiro pela festa, iniciada há 69 anos, após uma rixa entre dois jovens em um mercado de frutas e legumes.

Privatização polêmica

Ao longo dos anos, a Tomatina se transformou em uma das “fiestas” mais conhecidas da Espanha e hoje atrai 22 mil visitantes. Desde 2013, no entanto, uma polêmica ronda o evento, que passou a ser pago para os turistas. Os habitantes têm direito a 5 mil entradas gratuitas e os outros 17 mil ingressos são comercializados por uma companhia, que associou as vendas a um pacote incluindo sangria, uma bebida típica espanhola, e paella, o tradicional prato da região de Valência.

A prefeitura municipal afirma que a privatização melhorou a segurança da festa, ao limitar o número de participantes. Antes, até 40 mil pessoas compareciam à batalha de tomates, uma multidão sobre a qual as autoridades locais perdiam o controle.

“Nos últimos anos, o verdadeiro espírito da Tomatina tinha acabado. Não havia mais espaço para as pessoas brincarem e era perigoso”, argumenta o prefeito, Rafael Perez. “Agora, ficou bem melhor e a população local, que estava abrindo mão de participar, está de volta.”

A cobrança de ingressos também possibilitou à cidade aumentar a arrecadação – como tantas localidades espanholas, Buñol sofre com a crise econômica. A oposição, porém, reclama que não foi realizada uma licitação para a determinação da empresa que comercializa as entradas, a Spaintastic. Os opositores suspeitam que houve corrupção na escolha da companhia.

 

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