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Rússia/Ucrânia

Escalada da violência faz presidente da Ucrânia propor plano de paz

O presidente da Ucrânia, Petro Porochenko, anunciou nesta sexta-feira (20) um plano de paz com 14 pontos para pôr fim ao conflito separatista no leste do país. Ontem (19) foi um dos dias mais violentos da rebelião pró-russa, com mais de 200 combatentes separatistas mortos em conflitos com o exército na região de Dombass.

O presidente eleito da Ucrânia, Petro Porochenko, espera que seu plano de paz possa ser aplicado imediatamente.
O presidente eleito da Ucrânia, Petro Porochenko, espera que seu plano de paz possa ser aplicado imediatamente. REUTERS/Valentyn Ogirenko
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Enquanto os combates entre separatistas e forças ucranianas prosseguem com grande violência no leste da Ucrânia, o presidente Porochenko anunciou um plano de paz ambicioso, depois de conversar pela segunda vez com o presidente russo Vladimir Putin, na noite de quinta-feira.

Entre as principais medidas propostas estão o desarmamento, garantia de um corredor que permita a partida dos mercenários russos e ucranianos, descentralização do poder, libertação dos reféns, criação de uma zona de segurança de 10 km na fronteira entre a Ucrânia e a Rússia, anistia "para aqueles que entregarem as armas e não tiverem cometido crimes graves", e o fim da "ocupação ilegal" dos prédios da administração regional de Donetsk e Lugansk, controlados pelos rebeldes. A proteção da língua russa por meio de emendas à Constituição também faz parte do documento.

O plano cita igualmente uma organização rápida de eleições legislativas locais e um programa para a criação de empregos na região.

No entanto, nenhuma menção foi feita ao cessar-fogo unilateral anunciado esta semana pelo presidente ucraniano.

O Kremlin confirmou em um comunicado que o presidente russo, Vladimir Putin, conversou ontem à noite com Porochenko e fez "uma série de comentários" sobre o plano, insistindo na necessidade de "colocar um fim imediatamente à operação militar" lançada por Kiev contra as milícias separatistas pró-russas no leste da Ucrânia. Porochenko, por sua vez, disse que conta com o apoio de Putin ao seu plano.

Acusações da Otan

O governo russo afirmou hoje que ficou surpreso com as acusações da Organização do Tratado do Atlântico Norte, a Otan, de que o país estaria concentrando tropas nas fronteiras com a Ucrânia, argumentando que se trata de medidas normais de proteção de seu território.

O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, acusou a Rússia de reforçar a presença militar na fronteira ucraniana, classificando o fato como "um lamentável passo para trás".

Em 7 de junho, Putin ordenou o reforço dos controles na fronteira da Rússia com a Ucrânia, onde há grande afluência dos habitantes do leste ucraniano, palco dos confrontos entre os separatistas pró-russos e as tropas governamentais da Ucrânia.

 

 

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