François Hollande e Angela Merkel discutem crise ucraniana

A crise na Ucrânia estará no centro de uma visita que o presidente François Hollande faz nesta sexta-feira (9) à chanceler Angela Merkel. Hollande será recebido por Angela Merkel em Stralsund, uma cidade turística às margens do mar Báltico.

O presidente francês François Hollande Reuters/Thibault

Antes de embarcar para a Alemanha, onde é visto como um presidente fraco e no comando de um governo impotente para alavancar a economia e combater o desemprego, François Hollande rompeu o silêncio para defender a ação de seu governo e o bloco europeu.

Em um artigo publicado no jornal "Le Monde" desta sexta-feira, Hollande alerta para os riscos do populismo e das ideias do partido de extrema direita francês Frente Nacional, que lidera as intenções de voto nas eleições europeias previstas para o final do mês. O chefe de estado admite que a União Europeia decepciona, principalmente quando exige sacrifícios em vez de reforçar a proteção dos cidadãos.

Mas ele denuncia que neste momento de crise econômica, "forças buscam destruir a Europa apostando na decepção e propagando o medo". Em referência a propostas dos partidos extremistas, como a saída do euro, Hollande é taxativo: "sair da Europa é sair da História".

Euroceticismo se espalha pela Europa

A última pesquisa divulgada revela que 62% dos europeus não se interessam pelas eleições de 22 e 25 de maio. No conjunto dos 28 países do bloco, apenas 35% dizem que vão comparecer às urnas para eleger 751 eurodeputados.

A Polônia é o país com o maior índice de descontentes com 20% dos eleitores dispostos a votar, seguida da Grã-Bretanha com 27%. Por outro lado, a Espanha, duramente atingida pela crise, deverá ter o maior número de eleitores mobilizados. 2 em cada 3 espanhóis prometem comparecer às urnas.