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Europa/Futebol

Comissão Europeia pede mais mulheres entre treinadores de futebol

A Comissão Europeia pediu nesta quarta-feira o aumento do número de mulheres atuando como treinadoras no futebol europeu e prometeu levar a demanda à UEFA. De acordo com a Comissão, menos de 30% dos técnicos da Europa são mulheres e 20 das 54 federações do continente têm comissões técnicas exclusivamente masculinas.

A comissária europeia Androulla Vassiliou, em foto de 2011
A comissária europeia Androulla Vassiliou, em foto de 2011 Wikimedia Commons
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"Os clubes do futebol europeu perdem muitos talentos com isso", afirmou a comissária para o Esporte, a chipriota Androulla Vassiliou. De acordo com ela, uma maior presença feminina "encorajaria o interesse de muitas meninas e mulheres pelo esporte".

Androulla, que se reúne ainda nesta quarta com o presidente da UEFA, Michel Platini, à margem de uma reunião na Suíça para discutir o futebol feminino, garantiu que pedirá um esforço extra da parte dele. O objetivo dela é reforçar a cooperação contra a discriminação sexual no mundo do futebol.

Experiência brasileira
No Brasil, o futebol feminino já obteve excelentes resultados internacionais e pode se gabar de ter gerado Marta, a única jogadora da história a conquistar cinco vezes a bola de ouro. Mas ainda engatinha no que tange os investimentos e a presença feminina nos bancos. A primeira mulher a comandar uma seleção nacional no Brasil foi Emily Lima, que assumiu o time feminino sub-17 em fevereiro de 2013. Até hoje, elas são raras mesmo no comando de equipes femininas.

No fim dos anos 90, parecia que as portas iam se abrir, conforme a árbitra Silvia Regina, da Federação Paulista, se firmava como uma das melhores do país. Logo depois, veio a bandeirinha Ana Paula de Oliveira, que foi seguida por uma onda de mulheres assistentes. Hoje, bandeiras mulheres não são mais um "elefante branco", como Ana Paula se definia.

Longo caminho

Mesmo assim, desde que Silvia Regina se aposentou, em 2006, nenhuma juíza conseguiu o mesmo destaque que ela no comando do apito em jogos das categorias principais do futebol brasileiro. E sempre que se fala em Silvia Regina, lembra-se muito mais do erro encerrou sua carreira do que dos acertos que permitiram que ela se estendesse por mais de 30 anos.

Atualmente, dos 13 árbitros FIFA registrados na Confederação Brasileira de Futebol (CBF), quatro são mulheres. Mas a maior parte delas não participa dos jogos mais visados nas primeiras divisões do futebol masculino. E quando participa, é em uma posição secundária. Das quatro juízas FIFA do Brasil, apenas uma esteve em jogos de série A nos últimos três anos: Regildênia de Holanda Moura, que atuou como árbitro assistente em dois jogos do Brasileirão de 2012. A maior parte das atuações delas se restringe a campeonatos de categorias femininas ou juvenis.
 

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