Greve paralisa metrô de Londres por 48 horas
O metrô de Londres amanheceu em greve nesta terça-feira (29). A paralisação de 48h começou ontem às 21h locais, após o fracasso das negociações entre o sindicato dos metroviários e a direção do metrô. O motivo da greve é a automatização das bilheterias que acaba com quase mil empregos.
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Por causa da greve, os londrinos tiveram que ir ao trabalho nesta terça-feira em ônibus lotados ou de bicicleta. Segundo o Transports for London (TFL), que administra o metrô da capital britânica, a paralisação atinge 9 das 11 linhas existentes e várias estações estão fechadas. Trens circulam em todas as linhas, mas com uma frequência reduzida.
Milhares de voluntários trabalham para diminuir o impacto da paralisação e informar os usuários. A TFL colocou em circulação 268 ônibus suplementares nos quatro itinerários mais importantes. Com isso, quase 8 mil ônibus circulam em Londres nesta terça-feira, um recorde.
Automatização das bilheterias
Os metroviários de Londres protestam contra o corte de 960 postos de trabalho nos guichês das estações da capital. O prefeito conservador Boris Johnson lançou um plano de modernização do metrô, que prevê a automatização completa das bilheterias. Ele alega que a medida trará economias de 50 milhões de libras, cerca de 187 milhões de reais. Mas os metroviários reclamam da perda dos empregos.
A greve perturba os 4 milhões de usuários que usam, diariamente, o metrô na capital britânica, o mais antigo do mundo. Uma nova rodada de negociações está prevista durante o dia, mas prevendo um fracasso, um novo aviso de greve já foi feito para a próxima segunda-feira, 5 de maio, e desta vez de três dias.
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