Greve da Lufthansa provoca cancelamento de mais de 3.800 voos

A companhia aerea Lufthansa cancelou mais de 3800 voos a partir desta quarta-feira (2), por conta de uma greve dos pilotos que já está sendo considerada a maior da história, e que atingiu mais de 425 mil passageiros. Segundo a empresa, o custo da paralisação será de milhões de euros.

A greve da Lufthansa provocou mais de 3800 cancelamentos REUTERS/Kai Pfaffenbach

No aeroporto de Frankfurt, o maior da Alemanha e terceiro da Europa, a situação está calma apesar da greve. Segundo a Lufthansa, os voos em conexão foram mantidos, apesar dos cancelamentos. Para evitar o tumulto, a companhia enviou cartas e SMS aos passageiros, sugerindo que trocassem o voo ou utilizassem o trem.

Nesta terça-feira, a Lufthansa também cancelou cerca de 60 voos para evitar que os passageiros em trânsito não pudessem deixar a Alemanha. "O objetivo é que as pessoas não venham à toa ao aeroporto", disse Barbara Schädler, diretora de comunicação da empresa.

A greve, considerada a mais importante da história da Lufthansa segundo a imprensa alemã, acontece em um momento delicado para a companhia, que enfrenta um vasto plano de reestruturação. Ela está prevista para durar até sexta-feira. O sindicato dos pilotos, que conta com 9.300 membros, iniciou uma grande campanha de mobilização, causando importantes perdas para a companhia.

O mal estar entre a Lufthansa e seus pilotos é um reflexo do programa de redução de custos da companhia, que colocou um fim a certas regalias. A imprensa alemã, aliás, critica a paralisação, a considerando "excessiva", diante dos inúmeros privilégios da categoria num setor "com cada vez mais concorrência."