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Ucrânia/Secessão

Rússia aceitará 'escolha histórica' de habitantes da Crimeia

O parlamento russo emitiu uma nota hoje (7) dizendo que respeitará a "escolha histórica" da população da Crimeia e assegurou que estaria disposto a aprovar a anexação da região ucraniana à Rússia. A declaração é feita após anúncio da Assembleia Legislativa da Crimeia, que votou ontem a favor da anexação e marcou, para o próximo dia 16 de março, um referendo sobre a situação da península.

Manifestante pró-anexação agita bandeira da Rússia na frente da Assembleia Legislativa da Crimeia, em 6 de março de 2014.
Manifestante pró-anexação agita bandeira da Rússia na frente da Assembleia Legislativa da Crimeia, em 6 de março de 2014. REUTERS/David Mdzinarishvili
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Esse referendo de autodeterminação é polêmico. Na ocasião, os eleitores da Crimeia vão decidir se desejam uma maior autonomia da Ucrânia ou se desejam ser anexados à Rússia. Para a comunidade internacional, a inclusão da Crimeia na Federação Russa seria uma aberração. O chanceler francês, Laurent Fabius, declarou que essa anexação contraria as regras constitucionais da Ucrânia.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, telefonou ontem à noite para o presidente russo, Vladimir Putin. Na conversa, que durou uma hora, Obama afirmou que a Rússia tem violado a soberania e a integridade do território ucraniano, além de desrespeitar o direito internacional. Mas, para Putin, a Rússia está apenas respondendo a um pedido de ajuda da população de maioria russa da Crimeia.

Antes de falar com Putin, Obama ordenou sanções contra pessoas e entidades consideradas responsáveis pela intervenção militar na Ucrânia. Autoridades norte-americanas disseram que a lista de indivíduos e instituições sancionadas ainda não foi estabelecida e Vladimir Putin não faz parte da lista. Estas sanções contra russos e ucranianos consistem em um congelamento de bens nos Estados Unidos e proibições de vistos de viagem.

A União Europeia tenta evitar a secessão da Ucrânia reforçando o poder central do país. Ontem, o bloco informou que vai assinar a parte política do acordo de associação com Kiev antes das eleições presidenciais de 25 de maio. A prioridade imediata é a estabilidade macroeconômica do país.

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