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Ucrânia/protestos

Após mortes de manifestantes, oposição reforça barricadas em Kiev

A tensão aumenta em Kiev, capital da Ucrânia, após um dia de violentos confrontos entre polícia e opositores do governo de Viktor Yanukovitch. Respaldados por uma nova legislação repressiva, as forças de segurança avançaram contra as barricadas de manifestantes, que ocupam o centro da capital há dois meses. Cinco pessoas foram mortas e outras 300 ficaram feridas. A oposição promete passar para a ofensiva nesta quinta-feira (23).

Homem toca saxofone tendo os confrontos em Kiev nesta quarta-feira (22) como pano de fundo.
Homem toca saxofone tendo os confrontos em Kiev nesta quarta-feira (22) como pano de fundo. REUTERS/Vasily Fedosenko
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A oposição promete passar para a ofensiva nesta quinta-feira (23). Milhares de manifestantes continuam concentrados no centro da cidade, com o reforço de muitas pessoas solidárias ao movimento que chegavam na noite de quarta.

Yanukovitch chegou a receber líderes da oposição, mas os manifestantes abandonaram o encontro por falta de respostas concretas. Um dos líderes, o ex-boxeador e agora político Vitaly Klitschko disse a milhares de pessoas reunidas na Praça da Independência, que durante as três horas de diálogo o presidente não deu nenhuma resposta clara às exigências para eleições antecipadas e eliminação da legislação repressora contra manifestações. 

As mortes desta quarta-feira foram as primeiras desde o início da crise em novembro, depois que Yanukovich abandonou um acordo comercial com a União Europeia em favor de uma ajuda financeira da Rússia.

Reações internacionais

Em resposta ao uso da força contra os manifestantes em Kiev, os Estados Unidos decidiram revogar os vistos de vários ucranianos, indicou nesta quarta-feira a embaixada americana. "Estamos contemplando outras medidas contra os responsáveis pela violência atual", indicou a embaixada em um comunicado, sem informar a identidade ou os cargos destas pessoas.

Já a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, condenou com firmeza a escalada violenta dos acontecimentos em Kiev e pediu "o fim imediato de todos os atos de violência".

As autoridades ucranianas receberam o apoio de Moscou, que denunciou as interferências estrangeiras nos assuntos da Ucrânia e tachou a oposição de extremista.

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