Chanceler alemã inicia terceiro mandato com 6 ministros social-democratas
A chanceler alemã, Angela Merkel, e o líder dos social-democratas, Sigmar Gabriel, assinam nesta segunda-feira, 16 de dezembro de 2013, em Berlim o contrato de governo de "grande coalizão". Os social-democratas ficaram com seis ministérios. Mas a grande surpresa da nova equipe de governo é a nomeação, pela primeira vez, de uma mulher para chefiar o ministério da Defesa.
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Foram três meses de negociações encerradas no sábado, com a aprovação do programa da coalizão pelos militantes social-democratas do SPD.
A grande surpresa do governo anunciado no domingo é a nomeação de Ursula von der Leyen, ex-ministra do Trabalho, para a Defesa. É a primeira vez que uma mulher ocupa esse cargo importante. Um dos nomes mais populares do partido conservador CDU, ela já é apontada como possível sucessora de Merkel no comando do país.
Seis membros do SPD, de centro-esquerda, entram no governo de coalizão. Sigmar Gabriel será vice-chanceler e ministro da Economia, responsável pela transição energética . A secretária-geral do partido, Andrea Nahles, assume a chefia do ministério do Trabalho. Heiko Maas se torna ministro da Justiça, Manuela Schweisig será responsável pela família e Barbara Hendricks ficou com o ministério do Meio Ambiente.
Em seu terceiro mandato no comando da maior economia da Europa, Angela Merkel mantém o controle sobre as negociações relativas à zona do euro e as políticas de austeridade. Wolfgang Schauble permanece no ministério das Finanças para garantir a continuidade.
O conservador Thomas de Maiziere, que era ministro da Defesa, agora ficou o ministério do Interior. O partido da chanceler também manteve o ministério da Saúde, que será encabeçado por Hermann Gröhe, e da Educação, que continua comandado por Johanna Wanka.
A CSU, ala bavaresa do partido conservador CDU, ficou com Transportes (Alexander Dobrindt), Agricultura (Hans-Pieter Friedrich) e Desenvolvimento (Gerd Müller).
A imprensa alemã analisa nesta segunda-feira que a composição do novo governo marca a vitória do partido social-democrata e de seu líder, Sigmar Gabriel.
A nomeação de uma alemã de origem turca, Aydan Özoguz, como secretária de Estado para a Integração, os Refugiados e as Migrações, também foi elogiada pelos jornais.
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