Governo espanhol fecha central de gás para evitar tremores de terra
O governo espanhol reconheceu nesta quinta-feira que uma instalação submarina de gás, situada na costa, pode ter sido a causa de uma série de tremores de terra que sacudiram a região norte do país nos últimos 15 dias. As autoridades do país decidiram fechar o local.
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Dois tremores de 4,1 na escala Richter atingiram o delta do rio Ebro na noite de quarta para quinta-feira. Segundo o ministro da Indústria, José Manuel Soria, existe uma relação direta entre as injeções de gás na reserva subterrânea, situada a 22 quilômetros da costa, e os mini-tremores ocorridos nos útimos 15 dias.
Entre quarta-feira e quinta pela manhã, a costa nordeste da Espanha teve pelo menos 20 mini-terremotos, segundo o Instituto Geográfico Nacional, que registrou mais de 300 tremores desde o início de setembro.
Desde o dia 16 de setembro, a empresa espanhola Escal UGS, que administra a instalação Castor, tinha interrompido as injeções de gás no reservatório, antes de o governo decidir paralisar as atividades no local.
Segundo o ministro, o delta do Ebro é uma região com pouca atividade sísmica, apesar da falha de Amposta, que está inativa. É justamente nesta região que agem as injeções de gás, que acabam liberando a energia acumulada e provocando os tremores.
O projeto Castro permitiu a transformação de um antigo poço de petróleo, situado a mais de 1700 metros abaixo do nível do mar, para constituir uma reserva de gás natural, com capacidade para atender as necessidades da população de mais de 5 milhões de habitantes durante mais de três meses.
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