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Alemanha/eleições

Depois de vitória triunfal, Merkel busca alianças para governar

O resultado das urnas foi claro: os democrata-cristãos da chanceler alemã, Angela Merkel, conseguiram uma vitória triunfal e histórica, com mais de 41% dos votos, cerca de 7 pontos percentuais a mais que na eleição passada, quatro anos atrás. Entretanto, não conseguiram uma maioria absoluta, que daria poder para governarem sozinhos.

Sucesso de Angela Merkel deve servir de exemplo para líderes europeus
Sucesso de Angela Merkel deve servir de exemplo para líderes europeus REUTERS/Fabrizio Bensch
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*Colaboração do correspondente da RFI em Berlim Marcio Damasceno.

Grande vitorisosa das eleições legislativas deste domingo, a chanceler Angela Merkel inicia já a partir desta segunda-feira as negociações para a formação de seu futuro governo. O partido de Merkel, a União Democrata Cristã, conquistou mais de 41% dos votos, uma vitória expressiva e o melhor resultado do seu partido desde a reunificação da Alemanha. A chanceler também conseguiu a façanha de ser a única líder europeia a manter seu cargo após a crise de 2008 e iniciar seu terceiro mandato em posição de força. Os sociais-democratas (SPD) reuniram 25,7%. O partido de esquerda Die Linke conseguiu 8,6% e os Verdes 8,4%.

Até o momento, porém, não está claro  com quem Merkel poderá governar. De um lado, aparecem os social-democratas com quem a chanceler formou uma aliança no  primeiro mandato. Os Verdes seriam uma opção  menos provável, mas, numericamente, possível.

Os liberais, que sustentam o atual governo Merkel, tiveram um resultado catastrófico, perderam quase dez pontos percentuais em relação a 2009 e ficaram fora do Parlamento. O segundo colocado, o partido social-democrata, ganhou mais de dois pontos percentuais, mas ficou muito atrás dos conservadores.

Agora os alemães esperam por uma semana de muito suspense, muitas negociações e muitas especulações. Uma chamada grande coalizão, entre social-democratas e democrata-cristãos é a preferida do eleitorado, segundo pesquisas de opinião. Essa aliança também é apontada como a mais provável.

Os social-democratas, entretanto, têm trauma da última grande coalizão da qual saíram enfraquecidos. Eles foram vistos  praticamente como os culpados por tudo que deu errado na gestão enquanto a popularidade de Merkel seguiu inabalada. Por causa desse histórico, muitos social-democratas preferem um SPD forte como protagonista da oposição ao papel de meros coadjuvantes da chanceler. Já os Verdes podem perder ainda mais eleitores caso concordem em colaborar com os conservadores.

 

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