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Alemanha/Legislativas

Indecisos devem definir eleições legislativas na Alemanha

A chanceler alemã Angela Merkel fez o seu último comício nesse sábado, 21 de setembro, em Berlim. A poucas horas das eleições legislativas desse domingo, o grupo da chefe do governo continua liderando as pesquisas de opinião. Mas se a mulher mais poderosa do mundo quiser se manter no cargo, ela ainda terá que convencer um terço dos eleitores que ainda não sabe para que vai votar.

Angela Merkel defendeu os resultados positivos de seu governo nesse sábado durante o último comício antes das eleições legislativas de domingo.
Angela Merkel defendeu os resultados positivos de seu governo nesse sábado durante o último comício antes das eleições legislativas de domingo. REUTERS/Tobias Schwarz/Thomas Peter
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No poder há oito anos, Angela Merkel se mostrou combativa até o último dos 65 comícios da campanha. Diante de milhares de militantes nesse sábado em Berlim, a chanceler alemã, apontada como a mulher mais poderosa do mundo pela revista Forbes, defendeu as conquistas de seu governo e lembrou a posição de líder do país na União Europeia em plena crise econômica. “Nós estabilizamos o Euro porque somos solidários. Mas só conseguimos isso porque também estabilizamos o nosso país. As nações que são mais fracas devem superar suas fraquezas. Solidariedade, responsabilidade, esforço e ajuda. Esse é o princípio da cooperação na Europa. Foi assim que nós estabilizamos o Euro!”, ressaltou Merkel em seu discurso, lembrando que há cerca de uma década a Alemanha ainda era conhecida como “o homem doente” do continente.

Alguns adversários criticaram a chanceler alemã por ter baseado toda sua campanha em sua própria personalidade. “Vocês sabem quem eu sou!”, martelou a chanceler em praticamente todos os comícios. Uma postura contestada por muitos, como ressaltou o jornal Tagesspiegel ao lembrar que “Merkel não fez nenhuma promessa concreta, não tem visão, projeto ou programa”.

Já Peer Steinbrück, o principal rival da chanceler, terminou sua campanha em Frankfurt, capital financeira do país e sede do Banco Central Europeu. Diante de uma multidão portando bandeiras do partido SDP, o social-democrata prometeu instaurar um salário mínimo generalizado de 8,5 euros por hora (cerca de 25 reais) a partir de fevereiro de 2014. “Está em suas mãos. Votem! Somos um partido que quer corrigir os erros sociais”, disse ele, salientando que a Alemanha, apesar dos baixos índices de desemprego, é um dos países com os menores salários do bloco europeu.

Abstenção e indecisos

Menos de 24 horas antes da abertura das zonas eleitorais, a União Democrática Cristã (CDU), partido de Merkel, continua na frente nas pesquisas de opinião, com 39% das intenções de voto. No entanto, apesar dos 6% de seus aliados liberais do FDP, a coalizão da chanceler ainda não atinge a maioria necessária para vencer e continua em uma posição delicada. Principalmente depois que os sociais-democratas do SPD se recuperaram e já representam 26% do eleitorado interrogado.

Com esses resultados, os partidos continuam dependendo dos indecisos, que representam um terço dos 62 milhões de eleitores do país. O índice de abstenção também pode pesar na balança, principalmente quando se sabe que nas últimas legislativas alemãs, há quatro anos, 30% dos votantes não participaram do pleito, batendo um recorde histórico.

O presidente Joachim Gauck chegou a lançar um apelo em um vídeo na internet para tentar mobilizar a população. “Nós podemos escolher. Esse é o sonho de milhões de pessoas no mundo”, disse o chefe de Estado.

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