Ministros europeus se encontram na Lituânia para discutir crise na Síria
Os ministros europeus das Relações Exteriores se reúnem nesta sexta-feira em Vilnius para discutir a situação na Síria, e a resposta do bloco à utilização de armas químicas na Síria. Alguns países europeus são desfavoráveis à intervenção militar.
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"Temos necessidade de coordenar nossa ação", declarou o ministro lituano Linas Linkevicius. O país está na presidência rotativa do bloco até o final do ano. A reunião começou antes da chegada do chanceler francês Laurent Fabius e do alemão Guido Westervelle, que estão em São Petesburgo participando do G20.
O ministro das Relações Exteriores francês disse esperar que a Europa reconheça a responsabilidade do regime de Bashar al-Assad no ataque, que teria deixado 1400 mortos na periferia de Damasco. "A questão agora é saber se pode existir uma posição comum europeia ou a Europa é incapaz de adotar uma posição", declarou.
Muitos países europeus estão reticentes em apoiar uma ofensiva na Síria sem o aval do Conselho de Segurança da ONU. Em Vilnius, diversos ministros insistiram na importância de aguardar o relatório dos observadores da ONU que estiveram na Síria recolhendo provas.
"Continuamos à espera do relatório dos inspetores da ONU, que, imagino, seja importante. Queremos ver o que eles encontraram", disse o sueco Carl Bildt. Pela manhã, o ministro lituano da Defesan Juozas Olekas, indicou que é provável que os europeus considerem o regime de Assad culpado pelo ataque.
O ministro do Luxemburgo, Jean Asselborn, resumiu o dilema : "é dramático para muitos países ter que escolher entre a posição dos Estados Unidos e da França, duas referências do Direito Internacional, e as regras fundamentais das Nações Unidas de outro."
A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton deverá dar uma declaração no fim da reunião, da qual participará o secretário de Estado americano John Kerry.
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