Justiça dá penas reduzidas a cinco réus do naufrágio do Costa Concordia
A Justiça italiana decidiu neste sábado dar penas de prisão reduzidas a cinco réus acusados de responsabilidade pelo naufrágio do navio Costa Concordia, que se acidentou em janeiro de 2012, em frente à ilha de Giglio, matando 32 pessoas. A decisão, tomada porque eles reconheceram erros, irritou familiares das vítimas do naufrágio, que reclamam que o capitão Francesco Schettino possa acabar condenado como o único responsável pela tragédia.
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Os cinco funcionários da empresa Costa Cruzeiros foram condenados pelo tribunal de Grosseto, na Toscana, a penas entre um ano e meio e dois anos de prisão por imprudência. As penas "negociadas" já eram esperadas por terem sido propostas pela Promotoria.
O capitão do navio, Francesco Schettino, pediu para também firmar um acordo amigável, mas nesse caso encontra a oposição dos promotores. Ele será julgado por homicídio culposo múltiplo e abandono de navio, além de outras acusações. Se for considerado culpado, Schettino pode pegar até 20 anos de prisão.
Entre os cinco condenados neste sábado, quatro --Manrico Giampedroni, Ciro Ambrosio, Jacob Rusli Bin e Silvia Coronica-- integravam a tripulação do navio. O quinto é o diretor da unidade de crise da Costa Cruzeiros, Roberto Ferrarini, acusado de não ter tomado medidas suficientemente rápidas e eficazes.
A decisão da justiça irritou a advogada Daniele Bocciolini, uma das advogadas das partes civis. "São penas negociadas injustas. Existe uma evidente disparidade de tratamento entre eles e Schettino. Não é normal que ele seja o único culpado", afirmou ela ao jornal "La Reppublica"
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