Conservadores são favoritos para vencer eleições na Bulgária
Cerca de 6 milhões de búlgaros foram convocados às urnas neste domingo para as eleições legislativas antecipadas. O partido conservador do ex-primeiro-ministro Boiko Borissov é o favorito segundo as sondagens, mas não deve obter a maioria suficiente no parlamento para formar um governo o que pode levar o país a um impasse político.
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As eleições na Bulgárias foram antecipadas depois que intensas manifestações de protesto pelo preço elevado da energia elétrica obrigaram Borissov a pedir demissão no dia 20 de fevereiro. Mas de acordo com as recentes sondagens, seu partido, o conservador GERB deve vencer a votação com uma ligeira vantagem sobre o partido socialista PSB, formado por ex-comunistas.
A campanha foi marcada por troca de acusações entre conservadores e socialistas sobre um escândalo de escutas ilegais. A decepção dos eleitores com a classe política pode ser traduzida em uma taxa de participação que pode não passar de 50%, segundo pesquisas de opinião.
Além disso, cerca de 20% dos eleitores se mostraram indecisos e não haviam escolhido ainda em quem votar. As sondagens também mostraram uma disposição do eleitorado em aumentar o apoio ao partido de extrema-direita Ataka.
Caso o partido vencedor não consiga a maioria necessária para formar um novo gabinete, o governo provisório dirigido pelo diplomata Marin Raykov deverá ficar no poder até a realização de novas eleições no segundo semestre do ano, um cenário bem provável segundo analistas políticos.
Especialistas temem ainda a volta de uma crise social que explodiu no inverno passado quando milhares de búlgaros foram às ruas para protestar contra o aumento da conta de energia. Em alguns casos, a fatura mais do que dobrou em janeiro em relação ao mês anterior. Um choque para um país onde o salário mínimo mensal é inferior a 400 euros.
As manifestações espontâneas se transformaram em um protesto mais amplo contra a miséria, o desemprego e as crise econômica e social que atingem a Bulgária. O desespero de muitos cidadãos terminaram em imolações, atos extremos que nunca havia sido registrados antes no país. Seis pessoas morreram ao atear fogo ao próprio corpo.
A demissão do governo antecipou as eleições em dois meses antes da data prevista. No sábado, a procuradoria de Sofia anunciou a apreensão de 350 mil cédulas suspeitas em uma gráfica de uma cidade nos arredores da capital, Sofia. Acusado de envolvimento no caso, o partido conservador GERB negou e disse ser vítima de um complô político.
A organização para a cooperação e a segurança da Europa (OSCE) enviou 200 obervadores para acompanhar a transparência das eleições.
Os primeiros resultados serão divulgados após o fechamento das urnas, previsto para o final da tarde, pelo horário local.
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