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União Europeia/Crise

Europeus chegam a acordo sobre supervisão bancária da zona do euro

Depois de uma maratona de mais de 14 horas de discussões, os ministros europeus das finanças conseguiram finalmente nessa madrugada chegar a um acordo sobre a supervisão bancária única da zona do euro. França e Alemanha, que se opunham há semanas sobre a aplicação desta supervisão direta do Banco Central Europeu, tiveram que fazer concessões e o acordo foi adotado por unanimidade.

Ministros das finanças grego Yannis Stournaras, alemão Wolfgang Schaeuble, e francês Pierre Moscovici, nesta quinta-feira 13 de dezembro, em Bruxelas.
Ministros das finanças grego Yannis Stournaras, alemão Wolfgang Schaeuble, e francês Pierre Moscovici, nesta quinta-feira 13 de dezembro, em Bruxelas. Reuters
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"Esse é um acordo histórico", "um presente de papai Noel", comemoraram alguns dos negociadores em Bruxelas. Os 27 países integrantes da União Europeia conseguiram finalmente chegar a um acordo político sobre a supervisão bancária antes do final de 2012, como tinha sido fixado pela cúpula europeia de junho. Esta é considerada a primeira etapa para a desejada União Bancária do bloco. O Banco Central Europeu será o responsável por essa supervisão integrada dos bancos dos 17 países da zona do euro, mas também de instituições bancárias dos outros integrantes da União Europeia que o desejarem.

O mecanismo entrará plenamente em vigor no dia primeiro de março de 2014 e não progressivamente em 2013, como pensado inicialmente. Ele vai permitir a recapitalização direta de bancos em dificuldades pelo fundo de resgate da zona do euro. Essa ação visa acabar com a relação entre os bancos e as dividas soberanas que colocou em dificuldades vários países do bloco.

Alemanha e França que se opunham sobre a extensão do campo de ação do Banco Central Europeu tiveram que fazer concessões. Pelo acordo, os cerca de 200 maiores bancos do bloco; que têm ativos superiores a 30 bilhões de euros, serão supervisionados diretamente pelo BCE. Os menores serão controlados por mecanismos nacionais, mas o BCE poderá intervir se achar necessário.

O acordo aconteceu poucas horas antes de duas reuniões importantes hoje em Bruxelas: a cúpula dos chefes de Estado e de Governo da União Europeia que vai discutir o aprofundamento da União Monetária do Bloco; e um encontro do Eurogrupo que deve desbloquear uma parcela de 34 bilhões de euros de ajuda à Grécia.

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