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França.Itália

Hollande e Monti decidem futuro de trem-bala entre Lyon e Turim

O presidente francês, François Hollande, se encontra nesta segunda-feira com o chefe do governo italiano, Mario Monti, em Lyon. Eles vão discutir meios de acelerar o projeto de construção de um túnel ferroviário de circulação do trem de alta velocidade entre Lyon e Turim, um projeto bilionário, contestado por políticos e setores da sociedade civil pelo alto custo.

O presidente François Hollande e o primeiro-ministro italiano, Mario Monti durante reunião em Bruxelas, 23 de Novembro 2012
O presidente François Hollande e o primeiro-ministro italiano, Mario Monti durante reunião em Bruxelas, 23 de Novembro 2012 REUTERS/Bertrand Langlois/Pool
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O encontro entre Hollande e Monti acontece em um momento em que as relações franco-italianas estão muito estreitas e em todos os assuntos, garante o Palácio do Eliseu. Na última cúpula europeia, François Hollande e Mario Monti se aliaram para diminuir a pressão dos mercados sobre a zona do euro e impuseram o crescimento econômico no centro das discussões. Sobre o projeto de orçamento europeu, Roma e Paris defendem juntas a manutenção da Política Agrícola Comum (PAC) e rejeitam pedidos de redução da contribuição de vários países.

Mas em Lyon, Hollande e Monti têm como foco as relações bilaterais. Eles têm a difícil tarefa de acelerar o polêmico projeto de um túnel ferroviário que irá reduzir o trajeto entre Lyon e Turim de 7 horas atualmente para pouco mais de 4 horas. O projeto é defendido dentro de um contexto de integração econômica regional.

Mas o custo da obra assusta: 25 bilhões de euros, sendo 8,5 bilhões de euros só para cavar o túnel entre os Alpes, na fronteira entre os dois países. No encontro, Hollande e Monti devem dar o sinal verde para a montagem financeira do projeto especialmente no trecho transfrontaleiro de 57 quilômetros, ou seja, seis vezes maior que a distância do Canal da Mancha que liga a França ao Reino Unido.

O projeto é discutido há 20 anos e sua realização, prevista para 2025, já foi empurrada para 2029. Opositores se reuniram no final de semana e anunciaram passeatas hoje em protesto por uma obra que eles consideram excessivamente cara e que vai arruinar ainda mais duas economias em crise. O grupo contrário ao projeto, que inclui políticos locais e ecologistas, se apoia em um relatório que defende a modernização da ferrovia já existente.

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