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Rússia/diplomacia

Premiê russo critica apoio de Paris à oposição síria

O primeiro-ministro russo Dimitri Medvedev não poupou críticas ao apoio "inaceitável" da França à Coalização de Oposição síria, em uma entrevista à agência France Presse e ao jornal Le Figaro. De acordo com o premiê, o apoio francês não condiz com o direito internacional. Ele também evocou a possibilidade de voltar à presidência da Rússia.

Dimitri Medvedev concede entrevista para jornalistas franceses, antes de visita de dois à França
Dimitri Medvedev concede entrevista para jornalistas franceses, antes de visita de dois à França REUTERS/Alexander Astafyev/RIA Novosti/Pool
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A decisão de Paris de reconhecer a Coalizão de Oposição "única representante do povo sírio" e de pedir o fim do embargo ao envio de armas à oposição, é muito discutível, segundo Medvedev. As fortes críticas do chefe de governo russo foram publicadas nesta segunda, horas antes do seu desembarque em Paris, para uma visita de dois dias à Franca. Medvedev deve se encontrar com o presidente François Hollande já nas próximas horas. "Eu quero lembrar que, segundo os princípios do direito internacional, aprovados pela ONU em 1970, nenhum Estado deve apoiar ações que pretendam derrubar pela força o regime de um outro país", afirmou Medvedev.

O presidente François Hollande recebeu em Paris o presidente da coalizão síria, Ahmad Moaz Al-Khatib, no último dia 17 de novembro, quando reconheceu o movimento como força legítima de oposição ao regime do presidente sírio, Bashar al-Assad.

 

Dimitri Medvedev pronto para retornar ao Kremlin

O primeiro-ministro, de 47 anos, também declarou que está pronto para retornar, um dia, ao cargo de presidente da Rússia. "Se eu tiver força e os cidadãos confiarem em mim, eu não excluirei uma possível volta ao Kremlin", declarou Medvedev, que foi presidente da Rússia entre 2008 e 2012. Desde então, o seu  primeiro-ministro, Vladimir Putin, assumiu a presidência do país, tendo Medvedev como seu chefe de governo. Putin foi eleito mais uma vez presidente em 2012 e, segundo jornais russos, ele pretende ficar no cargo até 2024.

Questionado sobre a prisão das duas jovens do grupo Pussy Riot, que cumprem pena de dois anos em um campo de trabalho, devido à uma ação anti-Putin dentro de uma catedral de Moscou, o premiê se limitou a dizer que "considera desnecessário" manter as jovens em detenção. " Mas esta é uma opinião pessoal", concluiu o primeiro-ministro.

 

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