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Espanha/Crise

Bancos espanhóis congelam por 2 anos expulsões de proprietários inadimplentes

A Associação Espanhola de Bancos (AEB) congelou por dois anos as expulsões de proprietários de imóveis que não conseguem mais, "por extrema necessidade", reembolsar suas hipotecas. A decisão dos bancos foi tomada depois da comoção nacional causada pelo suicídio de dois proprietários inadimplentes, em 15 dias. Eles preferiram morrer a ver seus imóveis confiscados.

Espanhois fazem protestos em Madrid contra expulsões imobiliárias.
Espanhois fazem protestos em Madrid contra expulsões imobiliárias. REUTERS/Juan Medina
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A AEB indicou que todos os bancos filiados à entidade concordaram com o congelamento por razões humanitárias e pelo comprometimento com as políticas de responsabilidade social assumidas pelas instituições. Segundo a AEB, o acordo entre os bancos foi fechado na quinta-feira, mas a decisão só foi oficializada hoje. A entidade não esclarece, no entanto, os critérios que os bancos irão utilizar para analisar os "casos de extrema necessidade".

No intervalo de 15 dias, duas pessoas se suicidaram na Espanha desesperadas com a perspectiva de perder suas casas. Primeiro, foi um morador de Granada que colocou fim à própria vida. Na semana passada, uma mulher no País Basco não resistiu à pressão das dívidas.

O anúncio da AEB acontece no mesmo dia em que o governo espanhol apresenta propostas da oposição socialista para adotar medidas de emergência no setor imobiliário.

Desde a explosão da bolha imobiliária em 2008, 350 mil proprietários endividados foram expulsos de suas habitações. A crise se agravou nas últimas semanas com os dois suicídios motivados pela revolta dos inadimplentes. Especialistas afirmar que os bancos recorreram ultimamente a ações judiciais rápidas, que podem ser interpretadas como desumanas, por não levar em consideração a condição familiar dos endividados.

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