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UE/União Bancária

Europeus chegam a acordo sobre supervisão bancária no bloco

Apesar das posições divergentes da França e da Alemanha, os chefes de Estado e de governo europeus chegaram a um acordo sobre a implementação de um sistema de supervisão bancária na zona do euro. A decisão, tomada na madrugada dessa sexta-feira, pode representar uma etapa fundamental para a saída do bloco da crise econômica. Segundo o calendário definido em Bruxelas, o Banco Central Europeu (BCE) poderá colocar em prática o projeto em 2013.

Apesar das divergências de Angela Merkel (e) e François Hollande (d), os europeus chegaram a um acordo sobre a supervisão bancária na zona do euro.
Apesar das divergências de Angela Merkel (e) e François Hollande (d), os europeus chegaram a um acordo sobre a supervisão bancária na zona do euro. REUTERS/Christian Hartmann
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Letícia Fonseca, correspondente da RFI em Bruxelas

Depois de horas de negociações, os líderes do bloco conseguiram acertar o calendário para a criação da união bancária da zona do euro, sob supervisão do Banco Central Europeu. As posições divergentes entre a França e Alemanha eram o maior obstáculo. A França, apoiada pelos países do sul, queria avançar rápido. Já a Alemanha defendia um calendário progressivo, priorizando as ações e disciplina fiscal nos países.

O acordo saiu durante a madrugada e ambos os governos se dizem vitoriosos. O quadro legal do sistema de controle bancário será fixado até o final deste ano, como queria o presidente francês, François Hollande. Já a implementação do mecanismo irá acontecer gradualmente em 2013, entrando em vigor somente após as eleições legislativas na Alemanha, previstas para setembro, como desejava a chanceler alemã Angela Merkel. Com isso, a representante de Berlim não terá de dar satisfação a seu eleitorado sobre a capitalização dos bancos espanhóis.

A Comissão Européia e a Alemanha ainda estão discutindo se a supervisão do BCE se estenderá aos 6 mil bancos dos 17 países da zona do euro ou somente às maiores instituições da região, como defende Berlim. Segundo analistas, a criação desta união bancária pode ser vista como um primeiro passo para resolver a crise da dívida européia, mas será necessário alterar os tratados do bloco para viabilizar este mecanismo. Além de supervisionar o sistema bancário, o BCE terá o poder de resgatar diretamente os bancos em dificuldades, sem intervir na dívida dos governos.

Neste segundo e último dia da reunião, os líderes europeus discutem temas da agenda internacional, como a situação na Síria, no Irã e no norte do Mali, região que caiu nas mãos dos fundamentalistas islâmicos.

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