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Equador/Assange

Equador pede reunião da Unasul após decidir dar asilo a Assange

O Equador convocou uma reunião de emergência dos chanceleres da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) para o próximo domingo, em Guayaquil, para analisar a situação diplomática resultante de sua decisão de conceder asilo a Julian Assange, refugiado na embaixada equatoriana em Londres, informou nesta quinta-feira o ministério das Relações Exteriores em Brasília. 

Cartaz diante da embaixada do Equador em Londres pede libertação de Julian Assange.
Cartaz diante da embaixada do Equador em Londres pede libertação de Julian Assange. REUTERS/Ki Price
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A Organização dos Estados Americanos (OEA), também convocou uma reunião de emergência nesta quinta-feira para tratar do assunto. O governo equatoriano decidiu conceder hoje asilo político a Julian Assange que está refugiado na embaixada do Equador, em Londres desde junho deste ano.

Estocolmo julgou a decisão de Quito "inaceitável" e convocou o embaixador equatoriano na Suécia para explicações. Já Assange agradeceu a atitude do Equador. "Não foram a Grã-Bretanha ou meu país natal, a Austrália, que se ergueram para me proteger de uma perseguição, mas uma nação latino-americana corajosa e independente".

O policiamento foi reforçado em frente a embaixada do Equador em Londres, onde Julian Assange está refugiado. Manifestantes também se concentram no local. Assange está na embaixada desde o dia 19 de junho, dias após a decisão da justiça britânica de que ele poderia ser extraditado para a Suécia, onde é acusado por duas mulheres de abuso sexual.

Alguns simpatizantes do ex-hacker australiano chegaram a passar a noite diante do prédio. Um grupo de apoio a Assange no Facebook afirma que outros 600 manifestantes também vão se dirigir à embaixada equatoriana. Eles ameaçam "ocupar" o prédio. Diante da mobilização dos manifestantes, a polícia aumentou a segurança na área.

Batalha diplomática

A presença de Assange na embaixada equatoriana se transformou em uma batalha diplomática. Ontem, a Grã-Bretanha ameaçou invadir o prédio se o fundador de Wikileaks não for entregue às autoridades inglesas. A chancelaria britânica está determinada a extraditar Assange e garantiu esta manhã que ele não sairá livre do prédio.

Julian Assange teme que da Suécia ele seja extraditado para os Estados Unidos, onde poderá ser julgado pelo vazamento de informações da diplomacia americana, correndo o risco inclusive de ser condenado à morte.

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