Bósnia celebra 20 anos de independência e sonha com futuro europeu

A Bósnia celebrou o vigésimo aniversário da sua independência nesta quinta-feira. O país se separou da ex-Iuguslàvia nos anos 90, mas até hoje comunidades de origem croata e sérvia se dividem.

A cidade bósnia de Sarajevo será a capital europeia da cultura em 2014. Hyacinthe Raimbault

Administrada por duas entidades, de um lado pela Federação da Bósnia e Herzegovina e de outro pela República Sérvia, os croatas, sérvios e muçulmanos do país vivem uma situação política tensa e parecem estar de acordo apenas sobre o desejo de entrada na União Europeia. Esse é exemplo da Croácia, que se torna membro oficial em 2013 e da Sérvia, que recebeu nesta sexta-feira o statuts de candidato, após a cúpula do bloco, em Bruxelas. O chefe do governo central bósnio já anunciou sua intenção de formalizar a demanda de candidatura no início do verão europeu.

Há dois anos, o país havia encaminhado o pedido de adesão. A detenção e a transferência de Ratko Mladic, ex-chefe sérvio na Bósnia acusado de genocídio e crimes contra a humanidade cometidos durante a guerra de 1992-95, para o Tribunal Penal Internacional para a ex-Iuguslàvia e os esforços de conciliação com o Kosovo fizeram boa imagem para os dirigentes do bloco. Foi preciso a aprovação unanime dos membros para conceder o novo título, mas um longo caminho ainda será necessário para concretizar a integração.

Atualmente, todas as seis repúblicas que integravam a antiga Iugoslávia são independentes. A Eslovênia já integra o grupo dos 27 desde 2004, enquanto Montenegro e Macedônia são oficialmente candidatos à adesão. Na quinta-feira, a UE abriu as portas para um futuro acordo de associação com o Kosovo, apenas uma primeira etapa do sonhado processo.