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Bulgária/Eleições

Partido do presidente eleito é acusado de compra de votos

Rossen Plevneliev, o candidato do GERB, o partido do governo búlgaro, foi eleito neste domingo presidente do país, com 52,56% dos votos, em uma eleição marcada por acusações de compra de votos. Com essa vitória os conservadores  e o primeiro-ministro, Boïko Borissov, aumentam seu controle sobre as principais instituições do país. O candidato socialista, Ivaïlo Kalfin, teve 47,44% dos votos. 

Rossen Plevneliev foi eleito presidente da Bulgária neste domingo.
Rossen Plevneliev foi eleito presidente da Bulgária neste domingo. REUTERS/Stoyan Nenov
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A votação de ontem era um teste para a popularidade do governo minoritário de Boïko Borissov, que se encontra na metade do seu mandato. Desde sua formação em julho de 2009, o governo é obrigado a contar com o apoio parlamentar dos ultra-nacionalistas do partido Ataka e de dois pequenos partidos de direita, que são cada vez mais críticos.

"Com seu voto o povo búlgaro apoiou a estabilidade da Bulgária", comentou Borissov. "Se os resultados fossem ruins, se tivéssemos perdido, isso poderia dar origem a uma crise política. Não quero nem pensar nisso no momento em que a Europa está abalada por uma grave crise econômica", declarou o primeiro-ministro. 

País mais pobre da União Europeia, a Bulgária mantém uma relativa estabilidade graças a uma política de rigor econômico. O governo deve adotar segunda-feira um projeto de orçamento com um déficit de 1,35% e prevê um crescimento de 2,9% em 2012. Os salários, de € 360 por mês em média, não têm aumento há dois anos e o índice de desemprego permanece elevado, a 9,04% em setembro.

Rossen Plevneliev, que era um executivo antes de entrar para a política, prometeu ontem trabalhar "para a aceleração do desenvolvimento europeu" da Bulgária. 

Durante as eleições houve novamente acusações de manipulações e de compra de votos, sobretudo entre a minoria cigana.

A Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa indicou hoje "a necessidade de um melhoramento do processo eleitoral" na Bulgária, que foi marcado por "alegações persistentes de compra de votos". Os observadores notaram que a apuração dos votos foi "particularmente problemática em Sofia", a capital, onde sacolas cheias de cédulas eleitorais "eram deixadas sem vigilância".

O presidente do Partido Socialista (ex-comunista), Serguei Stanichev, acusou o GERB de ter vencido "graças a manipulações sem precedentes, a uma pressão política e policial e à compra maciça de votos".

O primeiro turno das eleições, no dia 23 de outubro, já havia sido marcado por irregularidades. Segundo a ONG Transparency International, entre 6% e 10% dos votos foram anulados, muito mais do que os 3% de eleições precedentes.

 

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