Acesso ao principal conteúdo
Obama/viagem

Em discurso, Obama nega perda de influência dos EUA e Europa

Em um discurso nas duas Câmaras do Parlamento britânico, o presidente americano Barack Obama rejeitou nesta quarta-feira a ideia de que o desenvolvimento das potências emergentes provocam um declínio da influência da Europa e dos Estados Unidos.

Barack Obama durante discurso no Parlamento britânico, nesta quarta-feira
Barack Obama durante discurso no Parlamento britânico, nesta quarta-feira Reuters/J.Mitchell
Publicidade

O presidente americano questionou o conteúdo do comunicado divulgado nesta terça-feira pelos BRICs (Brasil, Rússia, India, China e África do Sul), criticando “a obsessão pela indicação de um membro europeu para a direção do FMI", e destacando a perda de influência da Europa e dos Estados Unidos. "Agora virou moda questionar se o desenvolvimento desses países será acompanhado de uma diminuição da influência americana e europeia no mundo", disse Obama. "De acordo com esse argumento, esses países representam o futuro e nosso papel como dirigentes já era. É um engano", declarou.

Segundo Obama, "são os Estados Unidos, o Reino Unido e nossos aliados democráticos que criaram um mundo onde novos países puderam emergir e indivíduos prosperarem. Neste momento, onde um grande número de países assumem a responsabilidade de ter um papel mundial, nossa aliança continuará indispensável para atingir o objetivo de um século mais pacífico, próspero e justo", continou. O presidente americano destacou que os EUA e a Europa continuam sendo importantes "catalizadores de uma ação planetária."

O discurso de Obama no Parlamento de Westminster, considerado o momento mais importante sua viagem à Europa, foi acompanhado por diversos dirigentes e ex-líderes, como o ex-primeiro britânico Tony Blair. Poucas personalidades tiveram a honra de fazer um pronunciamento nas duas câmaras britânicas. Entre elas, o ex-líder sul-africano Nelson Mandela, o Papa Bento 16 e o ex-presidente francês Charles de Gaulle.

Um dos objetivos de Obama, que chega nesta quinta-feira à Deauville, na França, para participar da Cúpula do G-8, é tranquilizar a Europa em relação à importância do continente para  a diplomacia americana, que está abrindo cada vez mais espaço para novas parcerias com países emergentes e do extremo-Oriente, desde que Obama chegou ao poder.

Líbia

Antes de pronunciar seu discurso e logo depois do encontro com o premiê David Cameron, o presidente americano também falou sobre a ofensiva na Líbia, em uma entrevista coletiva conjunta. Ele reconhecendo os limites inerentes às operações das forças de coalizão no país, restritas a ataques áereos. De acordo com o presidente americano, a decisão de excluir o envio de tropas terrestres automaticamente prolonga o conflito. Ele assegurou entretanto, que os bombardeios aereos continuariam, até o fim dos ataques de Kadafi contra a população civil. "O tempo está contra Kadafi ", disse Obama.
 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.