Justiça espanhola indicia Barcelona por fraude fiscal na transferência de Neymar
O Ministério Público (MP) espanhol pediu nesta segunda-feira (2) ao juiz Pablo Ruz para que o Barcelona seja indiciado, assim como seu ex-presidente Sandro Rossel, por conta de delitos fiscais supostamente cometidos na contratação do craque brasileiro Neymar.
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O procurador José Perals Calleja, da Audiência Nacional, principal instância penal espanhola, considera Rosell e o clube responsáveis por dois delitos fiscais, assim como o clube, e outro ligado à transferência do atacante. Calleja considera que há indícios de que a contratação de Neymar, negociada com o Santos em junho de 2013, tenha custado mais do que os € 57 milhões declarados ao fisco espanhol.
"O valor pago pela aquisição do jogador é avaliado em € 82.743.485", diz o MP espanhol. O valor foi dividido em vários contratos, ocultados por denominações diferentes, como o pagamento de comissões ou parcerias comerciais com o Santos ou a empresa do pai do jogador.
Por isso, de acordo com o Ministério Público, o Barça deixou de pagar € 12.148.696 em impostos, o que elevaria o custo total do jogador a € 94,8 milhões, de acordo com um informe da Agência Tributária espanhola.
Em uma declaração feita diante do juiz em julho de 2014, Rosell reafirmou que o custo da transferência de Neymar foi de € 57 milhões, sendo que € 17 milhões foram pagos ao Santos e € 40 milhões à N&N, empresa do pai do jogador brasileiro.
Por outro lado, o procurador também pediu para que o presidente atual do Barcelona, Josep María Bartomeu, assim como o clube, sejam investigados e indiciados por um suposto delito fiscal que pode chegar a € 2,845 milhões no exercício contábil de 2014.
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