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Moscou/Atletismo

Mundial de atletismo de Moscou abre temporada de eventos esportivos na Rússia

Começou nesse sábado, 10 de agosto, em Moscou, o Mundial de atletismo. O evento, que contará com a participação de uma delegação de 32 brasileiros, é o primeiro de uma série de manifestações esportivas sediadas pelos russos nos próximos cinco anos. Apesar dos protestos recentes, que contestam a realização dos jogos, a Rússia é o terceiro país que mais recebe competições no mundo, perdendo apenas para a China e o Canadá.

O Mundial de atletismo de Moscou é o primeiro de uma série de eventos esportivos acolhidos pela Rússia.
O Mundial de atletismo de Moscou é o primeiro de uma série de eventos esportivos acolhidos pela Rússia. REUTERS/Denis Balibouse
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Entre os dias 10 e 18 de agosto os amantes dos esportes vão estar com os olhos voltados para Moscou. Mas além do Mundial de Atletismo, realizado na capital russa, o país será palco nos próximos anos de uma série de eventos esportivos. Graças aos Jogos Olímpicos de inverno em Sochi em 2014, o Grande Prêmio de Fórmula 1 que o país receberá a partir de 2015 e a Copa do Mundo de futebol em 2018, a Rússia se tornou um dos países que mais acolhe grandes competições internacionais, atrás apenas da China e do Canadá, segundo os dados da consultoria Sportcall.

A Rússia investiu apenas esse ano cerca de 4 bilhões de euros (mais de 12 bilhões de reais) em infraestrutura esportiva. Só para o mundial que começou nesse sábado, Moscou gastou 52 milhões de euros na reforma do estádio Loujniki, um gigante de 78 mil lugares que recebe parte das competições. E o investimento parece estar dando retorno antes mesmo do apito final, pois de acordo com a IAAF (Associação Internacional de Federeções de Atletismo), mais de 80% dos ingressos para assistir as provas já foram vendidos. As autoridades russas também estimam que os turistas de passagem pela cidade devem gastar cerca de 75 milhões de euros durante o evento.

Os brasileiros terão participação importante, não apenas nas arquibancadas. País sul-americano com o maior número de medalhes em Mundiais de atletismo, o Brasil desembarcou em Moscou com uma delegação de 32 atletas. Nomes como Fabiana Murer, campeã do salto com vara em Daegu-2011, Mauro Vinícius da Silva, o Duda, campeão mundial do salto em distância em pista coberta, Carlos Eduardo Chinin, terceiro no ranking mundial de 2013 no decatlo, ou as velocistas Franciela Krasucki e Ana Cláudia Silva, são algumas das esperança de medalha para o Brasil. A Confederação Brasileira de Atletismo também participa de sua primeira competição internacional sob a direção do novo presidente José Antonio Martins Fernandes, após a gestão de Ricardo Gesa de Melo, que durou 24 anos.

Protestos

Apesar dos investimentos das autoridades russas, o Mundial de atletismo foi aberto em meio a protestos paralelos. Várias manifestações foram organizadas para criticar o país após a validação, em junho passado, de uma lei que proíbe a apologia da homossexualidade. Considerado homofóbico, o texto levou alguns grupos a proporem um boicote dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2014. O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge, pediu explicações à Rússia sobre a polêmica, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, manifestou preocupação com as restrições, e o porto-riquenho Richard Carrion, candidato a presidência do COI, também criticou abertamente a legislação.

 

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