Reunião de ministros dá a largada para a 6ª Cúpula dos Brics
Reuniões nesta segunda-feira (14) entre os ministros das Finanças e os presidentes dos Bancos Centrais do Brasil, a Rússia, a Índia, a China e a África do Sul darão a largada para a 6ª Cúpula dos Brics, que ocorre amanhã e quarta-feira em Fortaleza. Em paralelo, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) recebe 600 empresas e espera movimentar US$ 3,9 bilhões em negócios envolvendo os países integrantes do grupo.
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Os ministros trabalham na negociação dos últimos detalhes da abertura do Novo Banco de Desenvolvimento e de um fundo comum para socorrer os membros que estiverem em crise e precisarem de liquidez. Os mecanismos serão criados oficialmente nesta cúpula e devem começar a funcionar dentro de um ano.
O ponto forte do encontro acontece amanhã, quando os chefes de Estado e de Governo dos cinco países vão anunciar onde o banco vai ser instalado e qual país deverá exercer a primeira presidência, rotativa a cada cinco anos. A cidade chinesa de Xangai é a candidata mais provável para abrigar a sede, enquanto o Brasil luta para conquistar a presidência da entidade.
O capital inicial da instituição é de US$ 50 bilhões e poderá dobrar, através de captações. O banco visa a financiar investimentos em infraestrutura em outros países emergentes e em desenvolvimento, funcionando como uma alternativa ao Banco Mundial.
Rússia mostra aliança
Os líderes dos países emergentes já começaram a chegar no Brasil. O presidente russo, Vladimir Putin, está desde domingo no país, onde participou da final da Copa do Mundo, no Rio de Janeiro. Hoje, ele realiza uma reunião bilateral com a presidente Dilma Rousseff, com o objetivo de estreitar os laços e aumentar o fluxo comercial entre os dois países, conforme o Planalto.
Sob o ponto de vista político, o encontro cai como uma luva para Putin, isolado pelos europeus e americanos desde o início do conflito na Ucrânia. O presidente chegou a ser excluído da cúpula do G8, em maio, em represália à postura da Rússia na crise ucraniana. No Brasil, Putin deseja mostrar que mantém alianças com países importantes para a economia mundial, os emergentes, que vêm sustentando o crescimento enquanto a Europa se recupera da crise.
A situação na Ucrânia deve ser citada na declaração final da cúpula, com um pedido de respeito às leis internacionais, em referência ao fato de que a ONU não aprovou as sanções econômicas internacionais impostas à Rússia. As restrições contribuíram para paralisar a economia do país nos últimos meses.
Visita de Estado da China
Já na quinta e na sexta-feiras, após a cúpula dos Brics, o presidente chinês, Xi Jinping permanece no Brasil para uma visita de Estado. Dilma deve anunciar a venda de 25 aviões da Embraer para os chineses.
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