Esvaziada, reunião de ministros das Finanças do G20 começa no México
Os ministros das Finanças dos países do G20, as 20 maiores potências do mundo, se reúnem de domingo a terça-feira no México e devem acentuar a pressão para que a Europa encontre uma solução para a crise que atinge a zona do euro. O encontro acontece na mesma semana em que o Parlamento grego se prepara para votar um projeto de lei prevendo mais austeridade.
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A primeira reunião entre os ministros e presidentes de bancos centrais ocorreu no final da tarde deste domingo. O principal objetivo das conversas até terça-feira será debater os projetos de regulação dos mercados financeiros e o de reforma da governança do Fundo Monetário Internacional, no qual o Brasil tem especial interesse. Entretanto, nenhum avanço significativo pode ser esperado para esta cúpula, que ocorre nas vésperas das eleições presidenciais americanas e do congresso do Partido Comunista na China.
Os participantes também vão analisar a situação econômica mundial, que não dá sinais de melhora. A presidência mexicana do G20 pretende colocar o foco em duas questões: a diminuição do crescimento nos países emergentes e o “abismo fiscal” americano, que pode resultar em um aperto de contas drástico nas finanças públicas do país até o final do ano.
Entretanto, devido ao momento político, inadequado para a tomada de decisões internacionais, nos bastidores do G20 os participantes descrevem o contexto como “o pior possível”. Nomes de destaque como o do secretário do Tesouro americano, Timothy Geithner, do presidente do Banco Central europeu, Mario Draghi, e do ministro francês das Finanças, Pierre Moscovici, além do brasileiro Guido Mantega, não estarão presentes na cúpula, realizada na Cidade do México. A autoridade mais importante brasileira no encontro será o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.
Neste domingo, um esboço do comunicado que está sendo preparado pelas autoridades do G20 vê riscos elevados para a economia global, incluindo o potencial aperto fiscal nos Estados Unidos e no Japão. "O crescimento global continua modesto e os riscos continuam elevados, incluindo possíveis atrasos na implementação complexa dos recentes anúncios de políticas na Europa, um potencial aperto fiscal agudo nos Estados Unidos e no Japão, crescimento mais fraco em alguns mercados emergentes e choques adicionais de fornecimento em alguns mercados de commodities", afirmou o esboço, segundo uma fonte afirmou à agência Reuters.
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