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Bolsas/Euro

Bolsas registram melhor resultado do ano após acordo dos europeus

O mercado financeiro reagiu com entusiasmo ao resultado da reunião de cúpula dos líderes da zona do euro, que terminou nessa sexta-feira em Bruxelas. As principais bolsas de valores do velho continente fecharam o pregão com os índices mais altos do ano. O acordo, que visa a recapitalização dos bancos sem aumentar a dívida dos países do bloco, também repercutiu nos Estados Unidos.

As bolsas europeias terminaram a semana em alta após o acordo em Bruxelas.
As bolsas europeias terminaram a semana em alta após o acordo em Bruxelas. REUTERS
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O mercado financeiro terminou a semana em festa após a divulgação dos resultados da reunião de cúpula dos líderes europeus em Bruxelas. A bolsa de Paris fechou seus trabalhos em alta de 4% e Francfurt com +4,33%, enquanto Madri ganhou 5,66% e Milão ultrapassou os 6%, registrando assim os melhores índices do ano no bloco. Em Nova York a bolsa também fechou em alta nesse último pregão do semestre. O Dow Jones ganhou 2,20% e Nasdaq terminou o dia em alta de 3%.

Todo esse entusiasmo foi causado pelo acordo assinado pelos chefes de Estado e de governo da zona do euro, que concordaram, na madrugada de quinta para sexta-feira, em alinhar as regras de ajuda para reforçar a liquidez dos bancos. Segundo o texto, assinado após 14 horas de negociação, as instituições bancárias do bloco poderão buscar capital diretamente nos fundos criados para a estabilização da zona do euro. Além disso, os fundos de resgate europeus também vão comprar diretamente nos mercados os títulos soberanos dos países em maior dificuldade. Os dirigentes também aprovaram um pacto para o crescimento do bloco num valor de 120 bilhões de euros (mais de 300 bilhões de reais).

Até agora, as nações europeias tomavam dinheiro emprestado dos fundos e depois repassavam aos estabelecimentos financeiros. Mas isso estava aumentando a dívida pública, como se viu nos casos da Espanha e da Itália, a ponto de os juros cobrados pelos mercados (de 6 ou até 7%) se tornarem insustentáveis.

A chanceler alemã Angela Merkel, que resistia à idéia, cedeu, mas exigiu que o Banco Central Europeu se converta no único supervisor das entidades financeiras. Uma vez que esta supervisão reforçada entre em vigor, possivelmente antes do final do ano, a ajuda deixará de contabilizar como dívida pública dos Estados.

O resultado da cúpula foi visto como uma verdadeira vitória para o premiê italiano Mario Monti e o chefe do governo espanhol Mariano Rajoy, representantes de dois dos países que mais sofrem com a crise econômica. Os líderes conseguiram obter esse acordo sem ter de se comprometer com novas medidas de austeridade, apenas cumprindo as metas já acertadas.

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