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Espanha/Crise

Zona do euro discute pacote de 100 bilhões de euros para bancos espanhóis

Os ministros de Finanças da zona do euro, reunidos em uma teleconferência urgente neste sábado, planejam um plano de resgate de até 100 bilhões de euros para os bancos espanhóis. A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, participa do encontro telefônico, mas não se sabe de o Fundo participará do resgate.  

Fachada da sede do banco Bankia em Madri.
Fachada da sede do banco Bankia em Madri. REUTERS/Sergio Perez
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O encontro telefônico do Eurogrupo começou no meio da tarde.O primeiro-ministro da Suécia, Fredrik Reinfeldt, adiantou em uma entrevista antes da reunião que a operação de socorro aos bancos “pode ser um dos maiores planos de salvamento na história recente”. A contrapartida, porém, será que  Espanha se comprometa a "sanar o sistema financeiro" do país com uma legislação bancária mais rigorosa e com a concessão de empréstimos mais criteriosa.

O presidente do grupo de ministros de Finanças da Zona do Euro, Jean-Claude Juncker, insistiu que é preciso encontrar solução rápida para a crise da Espanha. Na avaliação de Juncker, os problemas economia espanhola são comparáveis aos da Grécia que também tem um sistema bancário fragilizado.

O Fundo Monetário Internacional declarou ontem que os bancos espanhóis precisariam de, no mínimo, 40 bilhões de euros. Mas, para ter um “colchão” mais sólido para assegurar uma blindagem à crise, seria necessário, pelo menos, uma soma duas vezes superior. Somente essa quantia poderia acalmar os mercados, segundo uma análise da instituição.

Desde ontem, o governo do premiê espanhol Mariano Rajoy afirma que é preciso fazer uma avaliação cautelosa das estimativas do FMI antes de optar por um pedido de resgate à zona do euro. A Espanha, que já tem uma taxa de desemprego de quase 25%, parece temerosa em aceitar um espréstimo que viria atrelado à imposição de mais medidas de austeridade.

A pressão, porém, tem aumentado para que a Espanha ceda e aceite o pacote. Em uma entrevista ao jornal alemão Welt am Sonntag, o presidente do Bundesbank, Jens Weidmann, considerou que a Espanha deveria utilizar todos os instrumentos à disposição, incluindo o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira que possui reservas de 440 bilhões de euros. “Não se pode ter como objetivo unicamente evitar a ajuda externa”. Para Weidmann, é um erro evitar receber um pacote de ajuda para não ter que se submeter às regras impostas pelos organismos internacionais.

 

 

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