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México/ G20

G20 condiciona reforço do FMI a proteção do euro

O G20 estima que uma decisão da zona do euro para reforçar sua barreira de proteção é "essencial" antes de um acordo para aumentar os recursos do FMI (Fundo Monetário Internacional), disse uma autoridade do grupo de 20 países neste domingo, citando um esboço do comunicado das reuniões na Cidade do México.

Presidente do México, Felipe Calderon, fala aos ministros do G20.
Presidente do México, Felipe Calderon, fala aos ministros do G20. REUTERS/Ariel Gutierrez/Presidential Palace/Handout
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O delegado disse que o reforço das medidas anticrise, essencialmente os fundos de resgate e de estabilidade europeus, já tem consenso suficiente entre os europeus." Os países da zona do euro vão reavaliar a força de seus mecanismos de apoio em março. Isso dará um insumo essencial em nossa atual consideração para mobilizar recursos ao FMI", disse a autoridade, citando o esboço.

"Estamos revendo opções para garantir que os recursos para o FMI possam ser mobilizados de maneira oportuna." O encontro dos ministros das Finanças e presidentes dos bancos centrais das 20 maiores economias do mundo durou dois dias e se encerra neste domingo, na capital mexicana.

Outra autoridade do G20 disse que houve debate sobre o texto, com os países europeus pressionando para o comunicado dizer que a decisão da zona do euro é "importante", em vez de "essencial". O tema da crise da dívida na zona do euro dominou as discussões entre os ministros das Finanças e governadores dos bancos centrais do G20.

A União Europeia realiza na próxima quinta-feira, em Bruxelas, uma cúpula que discutirá os alcances do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MES), que deve entrar em vigor em julho próximo. Os Estados Unidos pressionam por medidas anticrise mais fortes em função das capacidades europeias e sugerem, junto com o FMI, que se combine o atual Fundo Europeu de Estabilidade Financeira ao MES, com o que a zona do euro poderá contar com 750 bilhões de euros em recursos contra a crise.

Mas a Alemanha, a maior economia da Europa, já advertiu que as medidas anticrise se manterão dentro dos limites da ortodoxia orçamentária e monetária. Os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), muito envolvidos na discussão do aumento dos fundos do FMI e do peso dos emergentes no organismo, também vinculam a ajuda aos europeus às medidas anticrise.

Brasil quer mais poder para emergentes no FMI

Segundo o ministro brasileiro da Fazenda, Guido Mantega, os países emergentes darão mais recursos ao FMI desde que os europeus reforcem suas medidas para enfrentar a crise e cumpram com a reforma que prevê maior poder de decisão a estas economias no Fundo Monetário Internacional.

"Os emergentes vão ajudar os europeus desde que reforcem suas medidas de socorro e façam mais do que estão fazendo com os fundos de estabilidade. Também deverão cumprir com a reforma do FMI" acertada em 2010, que prevê um novo sistema de cotas e votos visando ampliar a participação das economias emergentes nas decisões do organismo, disse Mantega. "Não podemos acertar um aumento de recursos sem a aplicação desta reforma" no FMI, concluiu.
 

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