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EUA/China

Senado americano aprova medida para pressionar política monetária chinesa

O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta terça-feira uma medida polêmica para colocar pressão na China e em outros países para valorizarem suas moedas. Se for validada na Câmara dos Representantes, a medida pode impor novas tarifas sobre os produtos chineses. Pequim alertou para o risco de uma guerra comercial se o projeto entrar em vigor.

Os economistas estão preocupados com a desvalorização do yuan face ao dólar.
Os economistas estão preocupados com a desvalorização do yuan face ao dólar. REUTERS/Lee Jae-won
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Apesar dos apelos dos governos chinês e norte-americano, o projeto, proposto pelo democrata de Nova York Chuck Schumer, teve 63 votos a favor e 35 contra, com um grande apoio também da oposição. Se aprovada na Câmara dos Representantes, controlada pelos republicanos, a proposta pode impor novas tarifas sobre produtos chineses e forçar o governo a acusar formalmente a China e outros países de manipularem suas moedas.

No entanto, o caminho não vai ser tão fácil na Câmara, onde o líder republicano, John Boehner, já afirmou que a lei causaria uma guerra comercial. Os republicanos também querem uma posição formal do governo para levar a proposta adiante. O presidente Barack Obama não apoia a proposta e já afirmou que se preocupa com as obrigações internacionais do país na Organização Mundial de Comércio (OMC).

Os Estados Unidos acreditam que a China mantém sua moeda, o yuan, artificialmente desvalorizada para ganhar vantagens comerciais. Alguns economistas estimam que a desvalorização da moeda chinesa em relação ao dólar é de 25 a 30%. Desta maneira, as exportações da China para os Estados Unidos se tornam mais baratas e os produtos americanos ficam mais caros na China, o que aumenta em grandes proporções o déficit americano com a país asiático. Muitos especialistas acreditam ainda que a manipulação da moeda chinesa prejudica o setor manufatureiro e o mercado de trabalho americano.

Pequim criticou duramente o projeto. Os governo chinês pediu que os Estados Unidos abandonem o protecionismo e parem de pressionar a legislação interna da China, e já alertou para uma guerra comercial se a medida for aprovada.

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