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Crise/Zoellick

Países da zona do euro precisam agir rápido, diz presidente do Banco Mundial

Em entrevista a uma revista australiana, o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick declarou que a economia está entrando em uma nova fase, e os países da zona do euro precisam reagir rapidamente.

O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick (e) durante discurso ao lado do vice-premiê turco Ali Babacan.
O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick (e) durante discurso ao lado do vice-premiê turco Ali Babacan. Reuters
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Segundo o presidente do Banco Mundial, apesar da degradação da nota soberana dos Estados Unidos pela agência Standard and Poor’s, que provocou uma forte queda nas bolsas de valores mundiais, a situação dos países europeus é mais complexa. Segundo ele, a crise na zona do euro poderá ser o desafio mais importante da economia mundial.

De acordo com ele, a crise dos déficits na Grécia e em Portugal, e a impossibilidade de desvalorizar a moeda única, gera desconfiança nos investidores, que questionam por quanto tempo a Alemanha e a França vão continuar a apoiar os países que correm risco de moratória, sem colocar em risco sua própria estabilidade." Ou seja, sem prejudicar a economia e também perder seus respectivos triplos A.

Para Zoellick, os europeus devem tomar as medidas necessárias para combater a recessão o mais rápido possível. "A lição de 2008 é que nós esperamos por medidas severas", lembrou. O presidente do Banco Mundial também lembrou que os países desenvolvidos já utilizaram toda sua margem de manobra na questão fiscal, "mas isso está sendo insuficiente."

Segundo o presidente do Banco Mundial, a economia mundial vive um momento de turbulência diferente do ocorrido em 2008. “Em 15 dias, passamos de uma retomada lenta, com um bom crescimento registrado pelos países emergentes, e alguns países da África e a Austrália, mas bem mais difícil para os países mais desenvolvidos", explicou.

O equilíbrio do poder no mundo está mudando

Robert Zoelick também ressaltou que está havendo uma mudança no equilíbrio de forças mundial. Segundo ele, a emergência de economias, como China, são a prova históorica de que o mundo está passando por uma transição e um reequilíbrio de poderes, antes reservado a algumas potências. Ele declarou, entretanto, que a China é um "ator reticente" do sistema global, com problemas internos complexos para administrar. Um deles é o superaquecimento de sua própria economia.
 

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