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Grã-Bretanha/Déficit

Governo britânico anuncia pacote de austeridade histórico

Para diminuir o déficit de 10,1% para 1,1% até 2015, o ministro das finanças inglês, George Osborne, anunciou nesta terça-feira uma série de medidas de contenção de gastos, que incluem cortes no serviço público e aumento de impostos.

O ministro George Osborne durante o anúncio do novo orçamento
O ministro George Osborne durante o anúncio do novo orçamento
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Jader Oliveira, correspondente da RFI em Londres

Cortes nos benefícios sociais, congelamento dos salários dos servidores públicos , aumento dos impostos cobrados sobre ganhos de capital, congelamento dos impostos municipais, a criação de um imposto sobre o movimento financeiro dos bancos a partir de janeiro do ano que vem e o aumento para 20% do imposto sobre serviços e mercadorias, que é atualmente de 17,5%. Estas são as principais medidas anunciadas neste terça-feira pelo ministro das finanças George Osborne. Elas integram o orçamento de emergência para conter o déficit orçamentário da Grã-Bretanha. Se nada for feito, ele poderá atingir entre 2010 e 2011 10,1% do PIB, ou 149 bilhões de libras, um dos mais altos da Europa.

O objetivo, segundo Osborne, é reduzi-lo a 1,1% até 2015, e o déficit estrutural, que não está relacionado com a conjuntura, nos próximos cinco anos. Todos os ministérios e departamentos do governo terão de reduzir os gastos em 25%. Não há surpresas nestas medidas, que já tinha sido antecipadas pela mídia. Para aprová-las, o governo terá de contar com os votos dos deputados do Partido Liberal Democrata, que integram a coalizão formada pelo Partido Conservador.

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Jader de Oliveira, correspondente da RFI em Londres

Os liberais haviam declarado, durante a campanha eleitoral, que não aceitariam um aumento do imposto sobre serviços e mercadorias – mas a situação certamente mudou com a entrada do partido na coalizão negociada pelos conservadores. O Partido Trabalhista, agora na oposição, criticou duramente o orçamento de emergência, dizendo as novas medidas criarão milhares de desempregados, colocando o país sob o risco de uma nova recessão. Para o governo, no entanto, o orçamento é duro, mas justo.

Zona euro

O mInistro George Osborne também anunciou nesta terça-feira o fechamento de um setor do ministério encarregado de analisar a entrada da Grã-Bretanha na zona euro. Segundo ele, a adoção da moeda está descartada nesta legislatura, em respeito ao acordo do governo de coalizão, entre conservadores e liberais-democratas assinado depois das eleições no país
 

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