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FMI/ Washington

Emergentes realizam maratona de encontros econômicos

Na esteira do encontro do G-20 financeiro, grupo que reúne países desenvolvidos e emergentes, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, continua em Washington para uma série de reuniões. Até o final desssa semana, representantes do BRIC e países-membros do FMI discutem a situação das finanças globais.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Valter Campanato / ABr
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Patrícia Campos Mello, correspondente da RFI em Washington.

Por quatro dias, a capital americana será também a capital mundial das finanças com reuniões do G-20, do Banco Mundial, do Fundo Monetário Internacional e do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China). O ministro da Fazenda, Guido Mantega se encontra, nesta quinta-feira, com o secretário do tesouro americano, Tim Geithner. Na sexta-feira, Mantega terá reunião com os ministros da fazenda do BRIC e com os ministros do G-20, as maiores economias do mundo. Ele também terá um encontro privado com o ministro das Finanças chinês, Xie Xuren.

No fim de semana, Mantega participa da sessão plenária do Fundo Monetário Internacional. O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, chega a Washington na sexta-feira e também participa das reuniões do FMI, do G-20 e do BRIC. Em Nova York, na próxima semana, Mantega terá ainda um encontro com investidores estrangeiros. Essas reuniões devem acontecer sob um tom mais otimista. O FMI prevê um crescimento mundial de 4,2% em 2010, o ritmo mais acelerado desde 2007. Na previsão anterior, divulgada em janeiro, o FMI estimava que o mundo iria crescer só 3,9% em 2010.

No caso do Brasil, o Fundo melhorou suas previsões. Segundo estimativa divulgada nessa quarta-feira, a economia brasileira vai crescer 5,5% em 2010, diante de previsão anterior de 4,7%. No ano que vem, o Brasil crescerá 4,1%. Entre os emergentes, a alta deve ser de 6,3%. Puxada pela China, a Ásia crescerá 6,9%. Para a América Latina, se espera um aumento de 4%. Para a África e o Oriente Médio, a perspectiva é de 4,5% de alta neste ano. Já entre os ricos, a zona do euro deve crescer apenas 1% e o Japão 1,9%. Os EUA devem crescer 3%.

Alerta

Apesar de ter divulgado previsões de crescimento mais otimistas, o Fundo alertou para o aumento das dívidas soberanas de vários países do mundo. Segundo o FMI, esse endividamento crescente pode trazer consequências “severas”para a economia mundial. Depois de vários governos terem gasto trilhões para tirar suas economias da maior recessão desde os anos 30, o maior desafio será colocar os orçamentos públicos em ordem.

Além das perspectivas para a economia mundial, foi divulgado também um documento do FMI aconselhando os países do G20 a imporem uma taxa sobre atividades bancárias para formar um fundo de prevenção para futuras crises e resgates de instituições financeiras. Eles deverão discutir o assunto em sua próxima reunião, marcada para junho.

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