Comunidade internacional pressiona por desvalorização da moeda chinesa

Aumenta a pressão da comunidade internacional pela desvalorização do yuan, a moeda chinesa. Para se defender, a China pediu nesta sexta-feira aos Estados Unidos que evitem a "politização" da questão cambial.

Comunidade internacional não vê com bons olhos valorização da moeda chinesa.

O Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial, a União Europeia e países emergentes também se queixaram da baixa cotação do yuan, que favorece as exportações da China.

Nesta semana, um grupo de senadores americanos, tanto republicanos quanto democratas, apresentaram um projeto de lei para sobretaxar alguns produtos importados de países que não têm políticas monetárias transparentes. O texto não cita diretamente a China, mas a mensagem parece bastante clara.

O presidente Barack Obama reiterou na semana passada o pedido para que a China adote uma taxa de câmbio mais orientada pelo mercado para ajudar a equilibrar a economia mundial.

A Índia, outro grande emergente, afirma que seu comércio exterior tem sido prejudicado por causa da taxa cambial mantida arterialmente baixa pelo governo chinês. Segundo analistas de comércio exterior, o yuan fraco prejudica, principalmente, as economias dos países em desenvolvimento.

As exportações chinesas inundam as economias dos países em desenvolvimento com produtos baratos, o que impede, em muitos casos, o crescimento das indústrias desses países

Para os Estados Unidos, o yuan está pelo menos 25% abaixo da sua cotação real e o gigante asiático ultrapassou em 2009 a Alemanha como primeiro exportador mundial.