Vítimas francesas do Costa Concordia dão ultimato para indenização

O coletivo das vítimas francesas do navio de cruzeiro Costa Concordia, que naufragou no dia 13 de janeiro na ilha italiana de Giglio, na Toscana, intimaram o armador Costa Cruzeiros a enviar 11.000 euros de indenização por cada sobrevivente, a título provisório, até segunda-feira, dia 6 de fevereiro. 

Carcaça do Costa Concordia, encalhado diante da ilha de Giglio, na Toscana. Reuters/Max Rossi

O advogado das vítimas, Bertrand Courtois, comunicou que se não houver resposta favorável até as 17h de segunda-feira (14h no horário de Brasília), o grupo vai entrar com uma ação judicial em defesa dos seus interesses.

Costa Cruzeiros propôs uma indenização de 11.000 euros (cerca de 25.000 reais) a cada sobrevivente, sem incluir os feridos, que terão direito a uma indenização à parte. O grupo de franceses considera que a data estipulada pelo armador, 14 de fevereiro, não convém aos sobreviventes.  "Para a grande maioria dos náufragos, que perdeu tudo, a soma oferecida é pequena em relação aos erros cometidos."

Costa Cruzeiros ainda não respondeu à demanda do coletivo francês.

Dúvidas

"Como avaliar o nosso prejuízo quando o montante total dos prejuízoz ainda não foi avaliado?", indaga o advogado, informando que a investigação confiada à polícia italiana acaba de começar.

O Tribunal de Justiça de Paris anunciou na quinta-feira a abertura de uma investigação preliminar sobre o naufrágio do Concordia e pediu à polícia marítima que ouça os depoimentos dos sobreviventes franceses. O órgão é encarregado da audição do conjunto de passageiros franceses que escaparam a fim de determinar as circunstâncias do naufrágio, as condições da retirada dos passageiros e de salvamento e avaliar, então, o prejuízo pessoal e as consequências psicolègicas causadas pelo acidente, segundo a justiça francesa.

Entre os 462 franceses a bordo, quatro morreram e dois continuam desaparecidos.