"Pirata" Johnny Depp monopoliza Cannes
Jack Sparrow, interpretado por Johnny Depp, o mais louco e irresistível pirata de todos os tempos, lança âncora em Cannes. "Bollywood" exibe seu filme montado especialmente para o festival, e Israel e Áustria mostram seus longas na competição pela Palma de Ouro.
Publicado a: Modificado a:
O capitão Jack Sparrow encontra Angélica, uma mulher que conheceu no passado, interpretada por Penélope Cruz. Ele não fica indiferente à bela aventureira, mas tem dúvidas se está começando um novo romance ou sendo usado para encontrar a Fonte da Eterna Juventude. Ao subir no navio do terrível Barba Negra, percebe que está envolvido em mais uma louca aventura.
Este é o roteiro de "Piratas do Caribe 4 - Navegando em Águas Misteriosas", dirigido por Rob Marshall, que será apresentado hoje, em 3D, no Grand Théatre Lumière, fora de competição. A presença de Johnny Depp em Cannes já está causando um "maremoto" entre os milhares de fãs do seu ultra excêntrico personagem. "Sinto-me muito bem na pele deste pirata porque com ele posso ser impertinente, subversivo e completamente louco em todas as situações", disse o ator.
O filme deve ser lançado no Brasil no dia 20 de maio.
Num outro registro, "Bollywood", também fora de competição, mostra a criação concebida especialmente para o Festival. O produtor Shekhar Kapoor e os diretores Rakeysh Omprakash Mehrad e Jeff Zimbalist realizaram uma montagem vibrante dos melhores momentos deste estilo de cinema que reflete a identidade da Índia e coloca Bombay no ranking das capitais mundiais da Sétima Arte. Muita dança, música e histórias de amor, em cenários luxuosos, caracterizam a "Hollywood da Índia".
Seleção Oficial
A nova geração do cinema israelense chega a Cannes com uma comédia, "Footnote"(Hearat Shulayim), quarto filme do diretor Joseph Cedar, que participa do festival pela primeira vez.
Através da rivalidade entre pai e filho sobre textos da tradição oral hebraica, em uma universidade de Jerusalém, "Footnote" mergulha no coração da cultura judaica e fala de religião. Mas o diretor insiste, "os espectadores podem rir à vontade e não devem levar tudo ao pé da letra".
A mente do sequestrador
O segundo longa do dia, "Michael", tem um tema difícil: a relação entre um pedófilo, Michael, e sua jovem vítima, Wolfgang, um menino de dez anos sequestrado por ele durante mais de cinco meses.
Primeiro filme do austríaco Markus Schleinzer, o enredo lembra a história que ficou famosa no mundo todo, a
da menina austríaca Natasha Kampusch, que permaneceu durante oito anos nas mãos do seu algoz.
O diretor explica que tentou "entrar" na cabeça do criminoso, entender a relação que se forma entre ele e o menino indefeso, na busca de construir um cotidiano convencional com a vítima, como também aconteceu com Natasha Kampusch.
Markus Schleinzer compete à Câmara de Ouro, prêmio dado a um primeiro longa metragem.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro