Cientistas comemoram fortes indícios da existência do bóson de Higgs
O Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (CERN), situado na fronteira entre a França e a Suíça, anunciou nesta quarta-feira a descoberta de uma nova partícula, que pode ser o procurado bóson de Higgs, etapa essencial para a compreensão do universo.
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Também chamada de 'partícula de Deus', ela teria surgido com o Big Bang da criação do universo, há cerca de 13,7 bilhões de anos. Cientistas do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear e de outros laboratórios do mundo trabalham há quase 50 anos em busca dessa partícula considerada essencial para entender a formação do universo. Antes, a ciência acreditava que o átomo era a unidade indivisível da matéria. Depois descobriu-se que o átomo é na verdade uma interação de partículas ainda mais fundamentais. O bóson de Higgs seria um agregador de elétrons e prótons, que explicaria como as outras partículas ganham massa.
Essa é a última peça que falta no modelo padrão da física, a teoria que descreve as partículas elementares. O nome vem do cientista escocês Peter Higgs, que lançou a teoria da partícula que dá massa à matéria em um artigo publicado em 1964, junto com os colegas Robert Brout (morto no ano passado) e François Englert.
‘Eu não espera ver esse momento ainda em vida e vou pedir à minha família para colocar a champanha para gelar’, declarou Higgs, 83 anos, presente em Genebra, junto com Englert.
O diretor do CERN, Rolf Heuer, declarou que a nova descoberta é compatível com a teoria do bóson de Higgs, que exigirá estudos mais aprofundados. Mas, sem dúvida, acrescenta Heuer, a comunidade científica venceu uma nova etapa na compreensão do universo. A nova partícula poderá desvendar outros mistérios da física.
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