Presidente de Cabo Verde pede inquérito à morte de recém-nascidos
O Presidente cabo-verdiano pediu à entidade reguladora independente para realizar um inquérito à morte de sete recém-nascidos no Hospital Baptista de Sousa, em São Vicente. José Maria Neves considera este episódio "grave e anormal".
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O chefe de Estado de Verde instou a entidade reguladora independente a realizar um inquérito à morte de vários bebés recém-nascidos no Hospital Baptista de Sousa (HBS), em São Vicente. José Maria Neves considera que se trata “de uma situação grave e anormal. Afinal sete crianças morreram num curto período de tempo, menos de um mês”.
O Presidente cabo-verdiano referiu que o Ministério da realizou um inquérito que foi alvo de debate público, mas que tem sido questionada pelas mães dos recém-nascidos mortos.
“O Ministério da Saúde mandou fazer um inquérito, com as limitações que um inquérito desta natureza tem. Os resultados já foram apresentados e o relatório tem sido objecto de uma discussão pública, o que é bom em democracia”, admitiu.
As conclusões do inquérito do Ministério da Saúde revelam que a assistência pré-natal foi cumprida e que “a qualidade e segurança da assistência durante o internamento do ponto de vista técnico e humano das mães e dos recém-nascidos foi razoavelmente satisfatória”.
O inquérito concluiu que a assistência às mães no serviço de obstetrícia da unidade hospitalar “respeitou os procedimentos técnicos e os protocolos clínicos nacionais”, e que do “ponto de vista humano a assistência da parte dos profissionais foi admissível”.
Desta investigação resultaram ainda sete recomendações com vista à melhoria dos cuidados prestados no hospital Baptista de Sousa, nomeadamente o reforço de acções de capacitação na área da comunicação, humanização e liderança dos profissionais, bem como elaborar um plano anual de actualização/supervisão do cumprimento dos protocolos nacionais.
No entanto, o Presidente cabo-verdiano reconhece que as conclusões do relatório não agradam às mães dos sete recém-nascidos mor to defende que “é fundamental mandar-se fazer um inquérito independente que possa avaliar globalmente todo o sistema de saúde”.
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