Cabo Verde: Governo quer criar aliança com Senegal e Costa do Marfim para relançar a TACV
Governo está em contacto com companhias aéreas do Senegal e da Costa do Marfim para permitir formar uma aliança para relançar a TACV com vista à sua reprivatização.
Publicado a:
Ouvido pela Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a privatização da TACV, o ministro do turismo e transportes, Carlos Santos, disse que o governo sozinho não consegue desenvolver uma companhia aérea tendo a ilha do Sal com plataforma aérea, por isso, o executivo tem estado em contacto com companhias aéreas do Senegal e da Costa do Marfim para permitir formar uma aliança para relançar a TACV com vista à reprivatização.
“Nós temos estado em contacto com as empresas desta costa ocidental de África. Já fizemos convites a Air Senegal, à Air Cote d’Ivoire, numa estratégia de criar aqui escala, procurando uma aliança com essas empresas. Temos uma boa relação com a TAAG, recentemente eu recebi o presidente da comissão executiva da TAAG precisamente nessa perspectiva de criar uma aliança e ganhar volume e escala para podermos também voltar a pôr a companhia a crescer de uma forma sustentável” disse o governante.
O ministro do turismo e transportes, Carlos Santos, reforçou durante a audição na CPI sobre a privatização da TACV que o governo não desistiu do hub aéreo na ilha do Sal.
“Aproveitar esse corredor que há de Norte - Sul, Este - Oeste de passageiros e cargas, e que continua ali e que por isso, que continuamos a bater para montar esse hub e por isso que nós não desviamos uma vírgula naquilo que é política do sector e por isso que nós queremos voltar a reprivatizar a empresa [TACV] para trazer um parceiro que nos possa ajudar” defendeu o ministro do turismo e transportes, Carlos Santos.
Em Março de 2019, o Estado de Cabo Verde vendeu 51% da Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV) por 1,3 milhões de euros à Lofleidir Cabo Verde, empresa detida em 70% pela Loftleidir Icelandic EHF (grupo Icelandair, que ficou com 36% da Cabo Verde Airlines – nome comercial da companhia) e em 30% por empresários islandeses com experiência no sector da aviação (que assumiram os restantes 15% da quota de 51% privatizada).
Na sequência da paralisação da companhia durante a pandemia, o Estado assumiu em 06 de Julho de 2021 a posição de 51% na TACV, alegando vários incumprimentos na gestão, e dissolveu de imediato os corpos sociais, detendo actualmente 90% do capital social.
A TACV retomou as operações, após a suspensão de todas as actividades em Março de 2020 devido à pandemia, inicialmente com voos apenas entre Praia e Lisboa, desde o final de Dezembro. Com apenas uma aeronave, os voos foram alargados já este ano das ilhas de São Vicente e do Sal para a capital portuguesa.
Oiça aqui a correspondência de Odair Santos en Cabo Verde
Correspondência de Cabo Verde
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro