Mário Correia: “Vitória histórica de Cabo Verde frente a Angola no Afrobasket”

Cabo Verde venceu Angola por 77-71 na primeira jornada do Grupo A no Afrobasket que decorre em Kigali no Ruanda. Para Mário Correia, Presidente da Federação cabo-verdiana de basquetebol, este triunfo é histórico.

A Selecção cabo-verdiana de basquetebol. © Cortesia FIBA

Arrancou o Campeonato Africano das Nações de basquetebol - Afrobasket - em Kigali no Ruanda.

Duas selecções lusófonas estão presentes na prova: Cabo Verde e Angola.

Os angolanos, em 21 participações, venceram por 11 vezes o título de Campeão africano - 1989, 1992, 1993, 1995, 1999, 2001, 2003, 2005, 2007, 2009, 2013.

Os cabo-verdianos participam pela sétima vez na competição e o melhor resultado foi uma medalha de bronze, 3° lugar, em 2007.

Neste encontro entre as duas selecções lusófonas, Cabo Verde acabou por levar a melhor por 77-71 após prolongamento, visto que no fim dos quatro períodos, as duas equipas estavam empatadas a 66 pontos.

Um triunfo que permite a Cabo Verde estar na liderança no Grupo A com dois pontos, os mesmos pontos que o Ruanda que derrotou a República Democrática do Congo por 82-68.

Na próxima jornada os cabo-verdianos defrontam os congoleses, enquanto os angolanos medem forças com os ruandeses.

Para Mário Correia, Presidente da Federação cabo-verdiana de basquetebol, este triunfo é importante e histórico frente à Selecção angolana.

RFI: Qual é o sentimento após o triunfo de Cabo Verde?

Mário Correia: Foi com grande satisfação e com grande felicidade que recebemos a notícia de que Cabo Verde ganhou a Angola pela primeira vez. Uma vitória histórica, mas pronto, estamos cientes de que é um jogo, é o primeiro jogo do Afrobasket. Temos ainda muito caminho a andar e já estamos a preparar os próximos passos.

RFI: Mas vibrou com o triunfo?

Mário Correia: Claro como qualquer cabo-verdiano. Apesar da vitória e do sentimento histórico de nunca termos ganho a Angola, vibrei, vibrei mesmo muito e senti um orgulho enorme nos jogadores que batalharam, que deram o seu melhor e estão todos de parabéns.

RFI: Acreditou até ao fim, apesar de Cabo Verde ter estado atrás no marcador…

Mário Correia: Eu acredito sempre. Poderíamos perder, mas a crença de que iríamos ganhar sempre está lá em cima. Deste lado, vendo o jogo, é muito difícil e sente-se nervoso, mas eu acredito nos jogadores, sei que temos talento, temos carácter como equipa, e sei que os jogadores iriam dar tudo para vencer.

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Mário Correia, Presidente da Federação cabo-verdiana de basquetebol 25-08-2021

Adeptos cabo-verdianos em Kigali no Ruanda. © Cortesia FIBA