Funcionários da Cabo Verde Airlines sem salários de Junho, governo procura soluções
Sindicato UNTC-CS denuncia que os funcionários da Cabo Verde Airlines ainda não receberam o salário de Junho, governo afirma que está a procurar soluções e autorizou um aval do Estado até 12 milhões de dólares para salvar a companhia aérea de bandeira.
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Os funcionários da Cabo Verde Airlines ainda não receberam o salário de Junho, denunciou esta terça-feira (28/07) a secretária-geral da UNTC-CS - União Nacional dos Trabalhadores Cabo-verdianos – Central Sindical, Joaquina Almeida, que adiantou em entrevista à agência cabo-verdiana de notícias, a Inforpress, que o dono da empresa tem enviado mensagens aos trabalhadores pedindo calma aos funcionários “porque o governo e o Instituto Nacional de Previdência Social estão a tratar dos seus salários”.
Por outro lado, o governo autorizou um aval estatal de até 12 milhões de dólares para a Cabo Verde Airlines garantir um financiamento bancário junto do International Investment Bank - IIB - segundo uma resolução publicada esta quinta-feira (30/07) no Boletim Oficial.
Esta garantia do governo à companhia aérea suscitou um intenso debate no parlamento, com a oposição a pedir informações sobre a situação da Cabo Verde Airlines.
O deputado, António Monteiro, da UCID disse que o seu partido “pede encarecidamente ao Governo para dar os reais valores que os TACV tem custado aos cofres dos cabo-verdianos”.
No parlamento, o vice-primeiro-Ministro, Olavo Correia afirmou que em 2016, “a TACV era uma empresa falida, cheia de dívidas e sem qualquer solução” e que o governo tentou uma solução para a transportadora aérea nacional, mas “devido à Covid-19 a situação complicou-se” e agora “está a negociar um acordo com o parceiro estratégico, para que a Cabo Verde Airlines possa continuar a voar” tendo em conta as circunstâncias actuais.
A pandemia da covid-19 deixou os aviões da Cabo Verde Airlines em terra e os custos desta paralisação vão ter de ser repartidos entre os acionistas, avisou Olavo Correia.
Joana Rosa, líder da bancada do MpD partido no poder, revelou nesta quarta-feira (29/07) que os TACV foram vendidos por “mais de um milhão de contos” e que o governo “lucrou três milhões de contos em imóveis” que pertenciam à companhia aérea nacional.
Joana Rosa fez estas revelações na sequência das declarações do PAICV na oposição, de que os TACV “foram vendidos por 48 mil contos” e que o país ainda não recebeu o referido montante.
Para a líder da bancada ventoinha, os deputados do PAICV estiveram a “fazer teatro e a falar à toa” sobre a privatização da companhia aérea nacional.
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