O carnaval do Rio de Janeiro, ameaçado pela pandemia poderia ser cancelado ou adiado. A decisão será tomada neste mês de Setembro. Por enquanto, na cidade do Samba, onde ficam os ateliers das escolas do Grupo Especial, a actividade está parada. O único barracão aberto é o da escola “Unidos do Viradouro”, campeã do último carnaval, porque os operários consertam os estragos de um incêndio de abril passado.Confira aqui a reportagem de Pierre Le Duff, correspondente no Rio de Janeiro.
Alex Fab, director de carnaval da colectividade, lamenta a ausência das dezenas de costureiras, desenhadores, pintores que normalmente já trabalham nesta época do ano.
O desfile das Campeãs na avenida Marquês de Sapucai é conhecido como o maior espectáculo da Terra. A sua produção e os eventos ligados ao Carnaval movimentam toda uma economia o ano inteiro.
São Paulo e Salvador já anunciaram que irão adiar os desfiles das escolas da samba. No Rio de Janeiro, a onde o carnaval é ainda mais importante para a economia e a identidade cultural da cidade, toda a gente espera ansiosamente por uma decisão definitiva.
Sem poder organizar os eventos que permitem arrecadar fundos ao longo do ano, vender as estátuas dos carros alegóricos é uma fonte de rendimento alternativo para as escolas de samba.
Apesar de movimentar entre 3 e 4 mil milhões de reais na economia da cidade, o Carnaval tem recebido cada vez menos subsídios. Marcelo Crivella, autarca evangélico do Rio, sempre manteve distância com a festa popular.
Seja em que data for o próximo carnaval, « Unidos da Viradouro » já escolheu o seu próximo enredo, uma homenagem ao carnaval de 1919, que ficou conhecido como o maior do século XX, quando os Cariocas foram as ruas para comemorar o fim da pandemia de gripe espanhola.
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